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Vereador é acusado de matar ex-noivo professor

Lucas Coelho é acusado de matar o ex-noivo na porta de casa. | Foto: Reprodução

 

A política do interior de Minas Gerais foi abalada por um grave crime passional que teve como protagonista o vereador Lucas Daniel Coelho (PSD), de 33 anos, acusado de assassinar o ex-noivo, o professor Jonathan Silva Simões, de 31 anos. O homicídio ocorreu no dia 29 de maio, em Formiga (MG). A vítima foi surpreendida na porta de casa e baleada seis vezes.

Vereador se entrega à polícia

Com a prisão decretada na quarta-feira (4), Lucas Coelho se entregou espontaneamente na manhã da quinta (5) e encontra-se detido na cidade de Bom Despacho, onde responde por homicídio qualificado. O advogado de defesa, Alexandre Simão, afirmou que o vereador “agiu em conformidade com a lei ao se apresentar às autoridades”.

Quem é o vereador acusado?

Lucas Coelho foi eleito vereador em 2020 e reeleito em 2024 pelo PSD, na cidade de Araújos (MG). Segundo dados da Justiça Eleitoral, declarou patrimônio de R$ 67 mil e, até o momento, não tinha histórico de envolvimento em escândalos ou crimes.

Dinâmica do crime

De acordo com a investigação, Jonathan foi atacado pelas costas por um homem que o aguardava em frente à residência desde as 17h30. Câmeras de segurança flagraram a movimentação do suspeito, que usava boné e mantinha o rosto coberto. Familiares da vítima relataram que Jonathan havia pedido uma medida protetiva, que teria sido negada por ele ser homem, levantando questionamentos sobre o tratamento igualitário de casos de violência doméstica e abusos em relações homoafetivas.

Reação da Câmara Municipal

A Câmara de Vereadores de Araújos anunciou a suspensão automática do mandato de Lucas Coelho após a decretação da prisão. Ainda não há definição sobre a convocação de um suplente. Em nota anterior, o Legislativo municipal declarou não ter sido oficialmente comunicado sobre as investigações.

Prisão temporária e investigações

Na sexta-feira (6), a Justiça converteu a prisão preventiva em temporária, com prazo inicial de 30 dias, podendo ser prorrogada. O inquérito segue em andamento, com a polícia reunindo provas e depoimentos. Familiares de Jonathan Silva seguem cobrando justiça e punição exemplar para o acusado.

O caso traz à tona debates sobre violência nas relações afetivas, machismo estrutural, e a necessidade de garantir proteção legal igualitária para todas as vítimas, independentemente de gênero ou orientação sexual.