Fluminense é estratégico e derrota o Inter no Maracanã
“A estratégia era ganhar o jogo”. O técnico Marcão foi taxativo ao responder na coletiva pós-jogo sobre a postura extremamente defensiva do Fluminense após o gol marcado logo no início na vitória por 1 a 0 sobre o Internacional, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela 35ª rodada do Brasileirão.
O gol marcado de pênalti por Fred logo aos 4 minutos de jogo foi determinante para o comportamento da equipe durante toda a partida. Com a vantagem conquistada logo de início contra um concorrente direto na briga por uma vaga na Libertadores, o Tricolor abdicou da bola, baixou as linhas defensivas e se limitou a se segurar atrás e tentar sair em contra-ataques.
– Era uma final. Tratamos dessa forma. O gol saiu muito cedo. Nos preparamos para isto. Desde o momento que saiu o gol, naturalmente, do outro lado tinha uma grande equipe, com jogadores de seleção brasileira. Todos com bastante rodagem. Sabíamos que nossa equipe teria dificuldade. Mas nossa equipe marcou bem, defendeu bem. Conseguimos fazer algumas transições, não terminaram em gols, mas sabíamos que eles iriam nos agredir – argumentou Marcão.
Abdicar de “jogar” foi uma estratégia arriscada do Fluminense. Que foi efetiva muito graças à grande entrega dos jogadores, que estiveram bem em sua maioria e também à motivação gerada pelo grande apoio da torcida nas arquibancadas. Mas por pouco não deu errado. O Inter só não chegou ao empate ainda no 1º tempo porque Marcos Felipe foi buscar uma bola quase no ângulo em cabeceio de Victor Cuesta.
O Colorado também teve outra boa chance com uma bola levantada para Edenilson, mas o volante furou o voleio. O Tricolor, por sua vez, levou perigo em duas espetadas nas poucas vezes que subiu ao ataque: uma com Caio Paulista e outra com chute cruzado de Luiz Henrique que Fred por pouco não alcançou.
A equipe gaúcha teve 68% da posse de bola na partida, contra apenas 32% do Flu. O recuo ostensivo tirou até Fred do sério. Praticamente sozinho no primeiro combate, o capitão tricolor, em pelo menos três ocasiões, deu bronca nos companheiros pedindo para que subissem a marcação. Mas, fora alguns botes dos volantes, a postura defensiva permaneceu.