Ministério da Saúde garante que recuperou dados de vacinação após ataque hacker
O Ministério da Saúde afirmou neste domingo (12) que finalizou o processo de recuperação dos registros de vacinação da Covid-19 e que nenhum dado foi perdido.
A pasta disse que trabalha para restabelecer os sistemas de registro e emissão dos certificados de imunização da Covid-19.
“O Ministério da Saúde informa que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 foi finalizado, sem perda de informações. Todos os dados foram recuperados com sucesso”, disse o ministério em nota.
“No momento, a pasta trabalha para restabelecer o mais rápido possível os sistemas para registro e emissão dos certificados de vacinação”, afirmou ainda a Saúde.
O site do Ministério da Saúde saiu do ar na madrugada de sexta-feira (10). Algumas funcionalidades do governo seguem indisponíveis, como o ConecteSUS, usado para acessar e emitir o registro de vacinação da Covid-19.
O ministério informou no sábado (11) que o funcionamento completo dos sistemas deve ser restabelecido nesta semana.
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso e avalia a extensão do ataque cibernético perpetrado contra diferentes setores do governo federal desde a sexta.
O governo disponibilizou um site com orientações para emissão temporária do comprovante de vacinação da Covid-19.
A recomendação da Saúde é procurar o posto de vacinação onde as doses foram aplicadas para solicitar a segunda via da Carteira Nacional de Vacinação. Há a possibilidade de comprovar a vacinação por meio do cartão físico.
Além disso, muitos estados possuem ferramentas próprias, embora aqueles que utilizem a base de dados do Ministério da Saúde também podem estar sofrendo instabilidade.
A Saúde também informou que o Ministério das Relações Exteriores ainda enviará comunicado aos países que vão receber voos com origem do Brasil para avisar sobre a indisponibilidade temporária do sistema.
O governo brasileiro pedirá para estes países aceitarem o documento no formato físico.
O Ministério da Saúde também indicou sites dos governos do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo e das capitais Curitiba e Salvador para a emissão do certificado.
Foi relatada uma invasão ao portal da Escola Virtual da Enap (Escola Nacional de Administração Pública), vinculada ao Ministério da Economia. Outros órgãos também comunicaram instabilidade em seus sites nos últimos dias, e a polícia rastreia cada situação.
No caso da Saúde, o ataque comprometeu alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), além do Conecte SUS.
Após o ataque hacker ao Ministério da Saúde, o governo Bolsonaro anunciou que iria adiar em uma semana a aplicação das novas regras para o ingresso de viajantes no Brasil. As medidas entrariam em vigor neste sábado (11), e viajantes sem vacina fariam quarentena de cinco dias.
Mas a nova forma de controle foi antecipada por decisão liminar de Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele ainda mandou o governo barrar os não vacinados, com algumas exceções. Estas regras passam a valer órgãos envolvidos forem notificados, o que deve ocorrer na próxima segunda (13).
O site do Ministério da Saúde saiu do ar na madrugada desta sexta. Ao tentar acessar o portal, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor.
“Nos contate caso queiram o retorno dos dados”, dizia a mensagem. Minutos depois, o recado desapareceu, mas o site só voltou a entrar no ar na tarde de sexta. Ainda assim, diversas funcionalidades seguem indisponíveis.
EMISSÃO TEMPORÁRIA DO COMPROVANTE DA VACINA
– Ministério da Saúde orienta buscar postos de saúde para emissão de segunda via do comprovante de vacinação da Covid-19
– Governo também orienta buscar sites e aplicativos de estados e prefeituras para retirada do documento
– Itamaraty vai avisar países que recebem voos do Brasil sobre ataque hacker e pedir que certificado físico seja aceito nos aeroportos e fronteiras
Fonte: Folhapress