“Não respeitaram o povo”, diz governador sobre fim do congelamento de ICMS dos combustíveis
Os governadores do País decidiram pôr fim ao congelamento do ICMS sobre combustíveis a partir de fevereiro. A decisão foi definida no Comitê Nacional dos Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz).
Em outubro, o Confaz – conselho formado por estados e pelo governo federal – decidiu congelar por três meses a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis.
“Fizemos nossa parte: congelamos o preço de referência para ICMS, não valorizaram este gesto concreto, não respeitaram o povo. A resposta foi aumento, aumento mais aumento nos preços dos combustíveis”, disse Wellington Dias, que é o coordenador do Fórum dos Governadores.
A maioria dos estados votaram para manter a regra do ICMS até 31/01/22, considerando fechamento do governo para o diálogo e sucessivos aumentos do combustível sem preocupação do impacto econômico e social no aumento dos preços.
“Quem está ficando com o benefício é o povo? Não, só está servindo para aumentar lucros da Petrobras. Para que o aumento dos combustíveis que foram dados? Para manter e aumentar os bilhões de lucros da Petrobras. Onde está o interesse, o compromisso público?”, questionou o governador.
Ele destacou ainda que os governos estaduais apresentaram proposta que resolve de vez a politica de preços dos combustíveis e gás. “Além da reforma tributária que apresentamos e está no Congresso Nacional, dormindo em berço esplêndido, é possível redução de tributos sobre o consumo, para além do preço dos combustíveis. Quando quiserem tratar sério pelo Fórum dos Governadores estamos prontos para o diálogo e entendimento, mas que seja em favor do povo”, disse o governador.