Corinthians para em Saulo e só empata com a Ferroviária na reestreia de Paulinho
Paulinho voltou ao Corinthians nesta terça-feira após quase dez anos de sua primeira passagem. Entrou aos 15 minutos do segundo tempo e teve uma grande chance neutralizada por Saulo, além de criar outras boas oportunidades.
O goleiro da Ferroviária fez três grandes defesas e garantiu o 0 a 0 na Neo Química Arena. Em jogo no qual prometia um time forte, Sylvinho viu muitos erros de 2021 se repetirem com um esquema previsível em campo.
Apesar de pressionar nos minutos finais com Paulinho de centroavante e ter criado boas chances, sobretudo em um segundo tempo no qual jogou todo no ataque, o Corinthians ainda carece de ajustes.
Sylvinho passou o jogo todo gritando. Willian “sofreu” com as orientações e mostrou ainda sofrer com resquícios da covid-19. Saiu bastante cansado. E algumas peças não renderam o esperado. Giuliano esteve apagado, Róger Guedes falhou na pontaria e foi fominha em lance que poderia ter dado gol a Paulinho.
Como era de se esperar, o volante Paulinho iniciou no banco de reservas no primeiro jogo oficial do ano. Ainda não aguenta jogar 90 minutos. Entre as novidades, Lucas Piton na esquerda, Du Queiroz como primeiro volante e Mantuan na frente. Todos são pratas da casa.
Completaram o time, do meio para a frente, o quarteto de reforços que chegou no segundo semestre para tirar o Corinthians do risco de queda e levá-lo à Libertadores. Com o diferencial de agora terem realizado pré-temporada.
Com Giuliano, Renato Augusto, Willian e Róger Guedes mais bem treinados, Sylvinho queria tratar bem a bola, mostrar qualidade e pressionar
Depois de um início com a Ferroviária dominando a posse de bola e tomando a iniciativa, o Corinthians, aos poucos, foi se soltando. Sobretudo com a qualidade de Renato Augusto. O meia ditava as jogadas, distribuindo passes, aparecendo na ponta e também como centroavante. Foi dele o primeiro grande lance do time. Parou em bela defesa de Saulo.
Willian, aberto de ponta direita, demorou para “entrar no jogo”. Assim como Giuliano e Róger Guedes passaram quase todo o primeiro tempo escondidos. O novo camisa 9 apareceu no fim, mas parou em nova bela defesa de Saulo.
Apesar da promessa de força e postura diferente, o futebol corintiano foi muito parecido ao de 2021 nos 45 minutos iniciais Cadência, lentidão nas conexões, erros de passe e dificuldade em furar retrancas.
Em sua defesa, Sylvinho tinha a desculpa de ser o primeiro jogo do ano. Mas Mantuan não funcionou como centroavante, os laterais foram tímidos e a habilidade dos meias não rendeu o esperado.
Renato Augusto admitiu no intervalo que o Corinthians não conseguiu “encaixar”. Mesmo assim, Sylvinho optou pela manutenção da formação, adiando ainda mais a reestreia de Paulinho, e dando voto de confiança à equipe.
Diferentemente da primeira etapa, a postura corintiana era de imposição. Jogando do meio para frente, viu Saulo parar Fagner em batida de canhota. O Corinthians voltou com mais “fome” e ameaçando a Ferroviária. Porém, sem balançar as redes.
Sylvinho, então, se rendeu a Paulinho. O jogador entrou aos 15 minutos na vaga de Du Queiroz, deixando o time sem primeiro volante de ofício.
Estava de volta após quase 10 anos para reescrever novos capítulos na vitoriosa história no clube. Com ainda mais qualidade em campo, a promessa era em pressionar os visitantes para furar o ferrolho defensivo e abrir o marcador.
Paulinho foi logo para frente, com Renato Augusto mais recuado. O agora camisa 15 finalizou de cabeça por cima e depois em chute travado. Estava ansioso e visivelmente sem ritmo.
Mesmo assim, quase faz em boa troca de passes. Recebeu de Róger Guedes na cara do gol e parou em defesa com o peito de Saulo. E ainda cabeceou no chão e viu a bola passar raspando.
O Corinthians terminou o jogo com enorme pressão, mas não acertou o alvo e saiu lamentando abrir 2022 com tropeço na Neo Química Arena. Repetiu 2021, quando parou no Red Bull Bragantino.
Fonte: Estadão Conteúdo