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Ex- vereador Djalma Filho é absolvido da morte de Donizetti Adalto

Após 24 anos, o ex-vereador Djalma da Costa e Silva Filho, um dos acusados de matar o jornalista Donizetti Adalto, foi absolvido pelo Conselho de Sentença nesta quarta-feira (27) pela 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina. Foram mais de 12 horas de sessão. 

 

O julgamento do caso, que teve uma das maiores repercussões no jornalismo do estado, foi adiado por três vezes, somente nos últimos cinco meses. 

 

O juiz Antônio Nolleto comandou o julgamento do caso e o promotor de Justiça, Régis Marinho, representou o Ministério Público do Estado do Piauí. Em seu depoimento, Djalma negou a acusação do crime. Sobre seu relacionamento com Donizetti Adalto, o ex-vereador descreveu que os dois tinham um relacionamento cordial com um objetivo em comunhão no contexto eleitoral da época.

 

“Não tinha nada contra e tinha pontos a favor, relacionamento era de dupla face, era o mesmo que eu tinha com ele era o mesmo que tinha comigo. Um bom relacionamento. Diríamos que estávamos em parceria que se juntava, o que eu tinha de opinião formada, de respeito, ele tinha algo de trazer para a campanha, aquilo que se chama de popularidade, ser conhecido. Entre ser conhecido e ser votado, existe uma distância muito grande. Eu estava em uma campanha politica que precisava de 15 mil votos para me eleger. Ele iria ter mais de 100 mil votos, com 40%, seria 40 mil votos ou até mais […] O dia a dia nossa era de cordialidade. Nós não tínhamos em que nos dividir ou degladiar, estamos em comunhão de propósito, nossa rotina era assim: pela manhã caminhadas nos bairros. A tarde reunião interna e em seguida o comitê a noite. Isso durante a semana, os fins de semana era destino a viagens no interior. Tivemos um desenrolar de uma campanha, onde aquilo que ele trazia onde era um nome conhecido para alguém que dava respeito a campanha, dois anos antes tinha recebido quase 7 mil votos em Teresina. Eu tinha ganho a respeitabilidade de liderança dos bairros. Donizette era o homem do palco, da televisão, eu era o homem dos bastidores. Eu tinha as pessoas, as lideranças. Essas pessoas estavam a campanha porque fazíamos uma boa dupla para cidade”, explicou Djalma.

 

Entenda o caso

 

Donizetti Adalto foi assassinado em 19 de setembro de 1998, na capital piauiense. Conforme o inquérito da Polícia Civil do Piauí, Donizetti Adalto foi morto em uma emboscada, sem possibilidade de defesa.

 

O apresentador foi baleado com vários tiros e torturado. As provas colhidas pelo Ministério Público indicaram Djalma Filho como autor intelectual do crime

 

 

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