Polícia investiga se mortes de cabeleireiro e adolescente em Timon foram planejadas
O delegado Otávio Chaves, da delegacia de Homicídios de Timon, afirmou que os assassinatos do cabeleireiro Adriano Pereira da Silva, de 34 anos, e do adolescente Paulo Roberto Sartutino, de 13 anos, possuem características de execução e que até o momento o suspeito pelo crime não foi identificado.
Segundo o delegado, o cabeleireiro saiu de casa no domingo para um sítio que possui no povoado Cabeceira da Inhuma, na zona rural de Timon. Ele deveria ter retornado na segunda-feira (1), como não apareceu, na terça-feira (2) o seu companheiro, um policial militar aposentado, foi até o local e encontrou os corpos.
“O que apuramos até o momento é que ele tinha o costume de passar o final de semana e alguns dias nesse sítio. Ele saiu no domingo, com uma perspectiva de voltar na segunda, como ele não voltou, o companheiro dele foi até o sítio e encontrou os corpos. A polícia foi então acionada”, explicou o delegado.
Adriano foi encontrado próximo a uma arma de fogo, que ele tinha registro. Já Paulo Roberto foi encontrado na entrada da residência. Os dois foram atingidos com um tiro na região da nuca e não foi roubado nada do local.
“Estamos analisando todas as linhas de investigação, mas a principal é a de execução. Ainda não sabemos a motivação e quem participou do crime. Cada uma das vítimas morreu com um tiro, mas o local tinha marcas de outros tiros, então a perícia foi no sítio agora pela manhã e estamos investigando o que aconteceu”, disse o delegado Otávio Chaves, da Delegacia de Homicídios de Timon.
Segundo o delegado, até o momento a investigação não aponta para um possível crime de homofobia, já que Adriano tinha um relacionamento de quase 20 anos com um policial aposentado.
Até onde se sabe, o adolescente estava no local ajudando Adriano em sua propriedade. “O que colhemos até agora é que o Adriano tinha essa propriedade onde ia aos finais de semana, e o Paulo Roberto morava nas proximidades, e que ia ao local fazer pequenos serviços nesse sítio. O que sabemos é que ele iria lá apenas para isso, fazia os serviços e depois ia embora, essas são as primeiras informações que temos”, destacou Otávio Chaves.
Nenhuma das vítimas tinha passagem pela polícia, e como o crime ocorreu em uma zona afastada, ainda não apareceu nenhuma testemunha do crime. Amigos e familiares vão ser ouvidos nessa semana em relação ao caso.