Como Piqué e Alba viraram ‘desperdício’ de R$ 260 mi por ano ao Barcelona

Em meio a uma das mais pesadas crises econômicas da sua história e precisando recorrer a antecipação de receitas futuras para conseguir ter um time competitivo, o Barcelona irá “desperdiçar” 50,3 milhões de euros (R$ 255,7 milhões) ao longo desta temporada. É esse o valor somado dos salários anuais recebidos pelo zagueiro Gerard Piqué e pelo lateral esquerdo Jordi Alba, dois dos jogadores mais caros do elenco culé, que perderam espaço na equipe titular e têm recebido poucas oportunidades do técnico Xavi Hernández…. 

A dupla até participou da vitória por 1 a 0 sobre o Mallorca, sábado, pelo Campeonato Espanhol, mas só porque o treinador optou por rodar um pouco o elenco e utilizar alguns reservas na volta da Data Fifa. Hoje, contra a Inter de Milão, pela terceira rodada do Grupo C da Liga dos Campeões da Europa, é pouco provável que os veteranos sejam acionados… pelo menos, de início. A situação de Piqué é a mais dramática. Veterano da “era Guardiola” e durante muito tempo considerado um dos melhores zagueiros do mundo, o camisa 3 virou simplesmente a quinta e última opção de Xavi para a posição.

O defensor tem 225 minutos jogados na temporada. E essa marca só não é mais baixa ainda porque dois dos atletas do seu setor, o uruguaio Ronald Araújo e o francês Jules Koundé, estão machucados.

Para piorar, Piqué é o zagueiro mais bem pago do mundo. De acordo com levantamento feito pelo site “Capology”, seu rendimento bruto no Barça está na casa de 29,5 milhões de euros (R$ 150 milhões) por ano.

Outro velho companheiro de elenco dos tempos de jogador de Xavi, Jordi Alba também ganha muito dinheiro no Camp Nou. Seu salário por temporada está estimado em 20,8 milhões (R$ 105,7 milhões).

E, assim como Piqué, o lateral de 33 anos já não é mais tão útil assim ao Barça. Com 296 minutos de futebol em 2022/23, ele atualmente é o reserva imediato de Marcos Alonso, mas também já foi preterido em algumas partidas pelo garoto Alejandro Baldé, de 18 anos.

O problema é que o Barcelona está longe de poder dizer que tem “nadado em dinheiro”. Pelo contrário, o clube acumula uma dívida de 1,4 bilhão de euros (R$ 7,1 bilhões) e precisou antecipar receitas futuras para montar seu elenco desta temporada.

Para ter espaço suficiente na folha salarial para inscrever seus reforços mais recentes, como o astro polonês Robert Lewandowski e o brasileiro Raphinha, o clube precisou vender 800 milhões de euros (mais de R$ 4 bilhões) em ativos que lhe renderiam dividendos pelo menos pelos próximos 25 anos.

O Barcelona venceu uma partida (5 a 1 sobre o Viktoria Pilsen) e perdeu outra (2 a 0 para o Bayern de Munique) nas duas primeiras rodadas do Grupo C. Com três pontos conquistados até o momento, ocupa a vice-liderança da chave, atrás do seu algoz alemão, que já tem seis.

Por causa da realização da Copa do Mundo no fim do ano, a fase de grupos desta temporada da Champions está sendo realizada de forma expressa. O número de rodadas foi mantido (seis), mas elas foram compactadas em menos de dois meses para terminar em 2 de novembro.

O sucessor do Real Madrid no posto de melhor time da Europa será conhecido no dia 10 de junho de 2023. O palco da final será o estádio Olímpico Atatürk, em Istambul (Turquia), originalmente escolhido como sede da decisão de 2021, que precisou ser transferida para Portugal por causa da pandemia da covid-19.