PMT flagra mais um caso de incineração de lixo e alerta para riscos
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH) flagrou mais um caso de incineração de lixo – uma tentativa que tem sido frequente entre os munícipes para evitar a fiscalização do Programa Lixo Zero.
Desta vez, trata-se de um ponto localizado ao lado do Ponto de Recolhimento de Resíduos da Ponte Estaiada (PRR-28), na zona leste de Teresina.
“Esse contentor foi instalado neste local justamente para facilitar a vida da população, apesar de termos outros dois bem próximos, um na proximidade da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e outro no Eurobusiness. Mas ainda assim, a população está insistindo no descarte irregular. Já fizemos vários flagrantes na área”, conta Juliano Pacheco, do Lixo Zero.
Entre os problemas mais comuns do local estão: o descarte de materiais indevidos, como papéis e plásticos; o descarte de material de construção em volumes exorbitantes, a incineração do lixo e o despejo do material ao lado do contetor e não dentro, como deve ser.
“Já flagramos, inclusive, empresas descartando documentos lá e outras jogando várias carradas de material de construção. A incineração tem acontecido de forma corriqueira, para tentar evitar a fiscalização do Lixo Zero e para reduzir o volume do lixo. Temos até perdido alguns contentores por causa disso. Precisamos alertar que essa prática pode causar um grave problema à população tanto pelo risco de incêndio quanto pela geração de fumaça”, enfatiza Juliano.
O secretário da SEMDUH, Edmilson Ferreira, acrescenta que nos PRRs somente é permitido descartar podas de árvores, capina e varrição, resíduos de construção civil ou demolição e móveis usados. E todo o material não pode passar do volume de uma carroceria pequena.
“Não é permitido colocar nos PRRs animais mortos, lixo doméstico, lixo hospitalar, pneus usados, lixo industrial, pilhas, baterias, lâmpadas e eletrônicos. Temos outras formas específicas para o recolhimento desses materiais. Lá mesmo na Ponte Estaiada, em frente a esse PRR, existe um Posto de Entrega Voluntária (PEV), onde a população deve deixar os recicláveis, mas ainda assim, o descarte irregular continua ocorrendo”, pontua o gestor da SEMDUH.
Edmilson reforça que o descarte incorreto, mesmo no PRR, gera multa que pode ultrapassar R$ 4.300.