Esporte

Sylvinho sofre nova derrota e tem dificuldades para dar cara nova ao Corinthians

Derrota na estreia, derrota no jogo seguinte, com as duas partidas em casa, para o mesmo adversário, por competições diferentes. O começo de trabalho de Sylvinho no Corinthians é turbulento, ruim, e foi agravado pelo revés por 2 a 0 para o Atlético-GO na última quarta-feira, pela Copa do Brasil.

Nada que não possa ser revertido, principalmente a partir do momento em que o próprio técnico admitiu rever esquema tático e escalação da equipe para os próximos jogos.

 

O Timão sucumbiu diante de um adversário mais organizado, mais eficaz e mais preparado e desmoronou nos próprios erros individuais, outra vez. Narrativa cansativa para a torcida, que sofre um nocaute atrás do outro com um time pouco competitivo em campo.

A desclassificação precoce da Copa Sul-Americana não foi surpresa para quem acompanhou o frustrante 0 a 0 na estreia, contra o River Plate paraguaio. E a desclassificação na Copa do Brasil, se vier, não será surpresa para quem acompanhou as partidas recentes contra o Atlético-GO.

Sylvinho optou por começar do zero. “Resetou” o Corinthians, eliminando o que havia sido visto recentemente e também o que foi feito pelo antecessor Vagner Mancini, brecou peças em alta e pagou preço altíssimo em seus dois primeiros jogos. Curto espaço de tempo, mesmo rival e dois tropeços.

Começo desastroso

Por acaso e para azar de Sylvinho, no caminho do Corinthians estava um adversário mais modesto em estrutura, história e finanças, mas muito mais organizado e preparado dentro de campo.

O primeiro tempo do Atlético-GO foi de uma eficácia louvável: o time goiano foi fiel à proposta de jogo de Eduardo Barroca e se portou de maneira muito inteligente. Saiu para o contra-ataque com ordem e mostrou uma rápida e eficiente capacidade de recomposição para se defender.

A organização atleticana tornou a posse de bola e as ideias de jogo do Corinthians ineficazes: o time girou, girou e girou a bola, mas não achou espaços ou brechas na defesa. Sem grandes lances de infiltração ou movimentação, o Timão se apresentou de maneira previsível.

Uma sequência impressionante de cruzamentos errados (foram 18 erros no fundamento só no primeiro tempo), desorganização na hora de pressionar, falta de uma ideia clara de jogo para se sobrepor ao rival… Nada deu certo.

No total, foram 30 cruzamentos errados de um Corinthians que só teve homem de área, Jô, a partir dos 39 minutos da etapa final. No mais, cruzamentos para Vital, Luan, Araos…

 

Pior ainda do meio para trás. A dupla de volantes Ramiro e Camacho não funcionou, principalmente na marcação, quando, num limbo entre pressionar à frente e organizar atrás, o meio esteve dominado por jogadores atleticanos na hora de atacar.

Com uma marcação alta e sem a eficácia e o perde-pressiona que apareceu melhor na estreia, o Timão foi nocauteado pelas costas.

Na linha de defesa, Lucas Piton permitiu inúmeras chegadas do Atlético em seu lado do campo, Raul Gustavo perdeu a bola no segundo gol atleticano e Gil não cobriu as costas do companheiro no primeiro gol (vacilo triplo do trio neste lance).

Fagner, que recebeu falta de Zé Roberto e sangrou na região da boca, revidou no lance seguinte, em cima do mesmo jogador, e acabou amarelado de maneira boba. Custaria, minutos mais tarde, sua expulsão por nova falta, prejudicando a equipe no jogo atual e no próximo.

O vexame só não foi pior graças aos deuses do futebol e às mãos de Cássio. O goleiro fez grande defesa em chute de Pablo Dyego, à queima-roupa, e Lucão acertou o travessão na sequência. Foram quatro chutes no gol dados pelo Atlético-GO. Dois entraram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *