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Piauí é referência nacional no tratamento de sequela da paralisia cerebral em crianças

Após diagnóstico de câncer cerebral com dois anos de idade, o pequeno Davi Lucas passou a sofrer paralisias que prejudicaram os seus movimentos. Com a ajuda do Programa Espasticidade Infantil do Piauí, maior projeto contínuo de tratamento de crianças com paralisia cerebral do Brasil, o menino retomou os movimentos dos membros inferiores.

“Ele já fez cinco aplicações de botox e agora está indo para a realização da Rizotomia. Antes era uma criança saudável, mas infelizmente com o câncer veio a paralisia, e a agora com esse tratamento eu espero que ele possa voltar a dar os primeiros passinhos”, detalha a mãe da criança, Maria de Jesus, moradora da cidade de Cocal dos Alves, que estava no Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) para mais um dia de atendimento do programa.

O hospital, em um sábado por mês, recebe os pacientes para avaliação, aplicação do botox e realizações de cirurgias de Rizotomia. 

O Programa de Espasticidade Infantil do Piaui é pioneiro no Brasil tendo o HILP como centro nacional para este tratamento.

“Aqui contamos com uma equipe multiprofissional que conduz essas crianças focando na questão motora. Nesse hospital tem todo programa que a criança precisa, que vai de avaliação, aplicação de toxina botulínica em centro cirúrgico, tratamento neurocirúrgico através de Rizotomia Dorsal Seletiva, avaliação ortopédica + tratamento cirúrgico ortopédicos , avaliação da bacia e da coluna vertebral com RX simultaneamente às avaliações multidisciplinares”, explica o médico neurocirurgião, Francisco Alencar, coordenador do programa.

O professor Einstein Carvalho Silva estava há anos buscando tratamentos para o problema de mobilidade do pequeno Felipe Gabriel de nove anos. Eles são moradores da cidade de João Costa, na região Sul do Piauí, e foi através do Programa de Espasticidade Infantil do Piaui, que o diagnóstico preciso foi estabelecido ao menino.

“Como ele nasceu de sete meses, acabou ficando com esse problema na perna direita. Nós andamos em vários atendimentos, e no Ceir fomos orientados a procurar este programa e agora o Felipe vai iniciar o tratamento com a aplicação do botox. Eu estou muito contente que ele vai poder ganhar essa mobilidade com esse programa inovador”, relata o genitor. 

Na tarde deste sábado (08), o secretário de Estado da Saúde, Antonio Luiz, esteve no Hospital Infantil Lúcido Portella para mais um dia de atendimento do programa e falou sobre a essencialidade dessa ação.

“Esse programa é fantástico e referência no Brasil, no cuidado das crianças, melhorando a parte da espasticidade e também a parte motora, com cirurgia que só tem no Piauí. É sensacional e emocionante saber que nossas crianças tem uma condição de melhoria desse problema que é a paralisia cerebral”, pontuou.

Até o mês de junho de 2023, o programa atendeu 334 crianças. Desse total, 168 foram encaminhados para realização de aplicação de toxina botulínica em centro cirúrgico, 279 para neurofuncional, 296 para avaliações ortopédicas e 140 fizeram Rizotomias.

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