Prefeitura é alvo da Polícia Federal em operação contra manipulação de licitação
A operação Varredura foi deflagrada pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (24/08), com o objetivo de apurar suspeita de manipulação ilegal de procedimentos licitatórios relacionados a contratação de serviço de limpeza urbana e terceirização de mão-de-obra pela Prefeitura Municipal de Porto, no Norte do Piauí, administrada pelo prefeito Dó Bacelar.
Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços vinculados aos investigados, dentre eles órgãos públicos, residências e a empresa vencedora das licitações. As ordens foram expedidas pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e estão sendo cumpridas nas cidades de Teresina e Porto. A operação contou com a participação de cerca de 30 policiais.
Uma auditoria externa e processo de avaliação de contas da gestão municipal foram realizadas, documentados em relatório encaminhado pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), que identificaram a existência de indícios de fraude e direcionamento das contratações em benefício da empresa que se sagrou vencedora das disputas públicas que foram realizadas.
Uma série de irregularidades foi encontrada em contratos e aditivos celebrados pelo ente municipal para prestação de serviços de limpeza pública e coleta de lixo, no valor pactuado inicial estimado em R$ 690mil, e para fornecimento de mão-de-obra em serviços comuns, no montante de R$ 3,3 milhões, pagos com recursos públicos do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e FNS (Fundo Nacional de Saúde).
O objetivo da Operação é interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, bem como recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados da Saúde e Educação.
Os crimes apurados são de fraude à licitação na modalidade frustração do caráter competitivo, crime de responsabilidade, falsidade ideológica e uso de documento falso.
(Fonte: conectapiaui.com.br)