Justiça determina que Prefeitura de Teresina pague salários de trabalhadores terceirizados
A Justiça do Trabalho determinou que a Prefeitura de Teresina efetue um repasse de R$ 1.270.882,80 para que uma empresa terceirizada pague mais de três mil empregados terceirizados, que atuam junto a Prefeitura de Teresina e outras instituições.
A decisão é do juiz titular plantonistas, Tibério Freire Villar da Silva.
Na decisão, o magistrado levou em consideração os argumentos apresentados pelo MPT-PI de que os trabalhadores terceirizados estavam sem receber os pagamentos.
“Recebemos diversas denúncias de atraso nos salários e no vale-alimentação. Chamamos a empresa e os representantes do município para esclarecer os fatos e, na ocasião, ficou confirmado o não pagamento dos débitos, inclusive, o atraso no repasse devido pelo município à empresa. No entanto, não houve acordo em nível administrativo e entramos com a Ação Civil Pública. A situação é grave porque é através do recebimento dos salários pelos serviços prestados que os trabalhadores garantem a subsistência para si e para suas famílias”, reforçou o Procurador do Trabalho Ednaldo Brito, autor da Ação.
Segundo o Procurador, o atraso no pagamento dos valores devidos à terceirizada tem sido recorrente, conforme admitido pelas partes durante as audiências realizadas.
“Isso, via de consequência, vem dificultando que a empresa promova o pagamento dos salários e demais verbas trabalhistas aos seus empregados”, acrescentou.
Diante dos fatos, a Justiça do Trabalho determinou que a Prefeitura de Teresina, bem como o prefeito Dr. Pessoa, depositem, no prazo de 24 horas, pelo menos a quantia de R$1.270.882,80 para viabilizar a quitação das folhas de pagamento dos trabalhadores envolvidos na prestação de serviços à administração pública municipal.
A Justiça determinou, ainda, que seja pago, dentro dos prazos contratuais, os pagamentos dos valores devidos à empresa, desde que satisfeitas as obrigações da empresa conforme o contrato firmado.
Após receber os valores, a empresa deve quitar as folhas de pagamento em aberto no prazo de 24 horas.
Segundo o MPT, desde novembro os trabalhadores não recebem os pagamentos. Além disso, a empresa também deverá efetuar, no prazo de 48 horas, o pagamento dos salários, do 13º salário e do vale-alimentação em atraso dos seus funcionários, bem como mantê-los em dias.
Em caso de descumprimento, o município deverá arcar com o pagamento de uma multa no valor de R$ 10 mil por dia, bem como o prefeito e a empresa terão que arcar com o pagamento de multa de R$ 1 mil por dia até o limite de R$ 50 mil. A decisão beneficia cerca de 3 mil trabalhadores.
(Fonte:cidadeverde.com)