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Piauí Pet Castramóvel realiza mais de 500 atendimentos em sua 1º edição de 2024

O projeto itinerante Piauí Pet Castramóvel, realizado pelo Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Semarh), retomou as atividades neste domingo (18), em Teresina. A ação aconteceu no Centro de Educação Ambiental (CEA), na avenida Raul Lopes, e tinha como objetivo promover a saúde e bem-estar dos animais domésticos. Estavam previstos 300 atendimentos mas, em apenas uma hora, foram distribuídas 500 senhas.

“Superamos as expectativas. Somente no período da manhã, já atendemos mais de 500 animais, entre cães e gatos. A grande procura mostra que a população realmente necessita dessa importante política pública, que é uma diretriz do governador Rafael Fonteles, por meio da Semarh”, pontuou a diretora de Conservação da Biodiversidade (DCBio) da Semarh, Jurema Chaves.

O cadastro é restrito a pessoas de baixa renda. Para ter acesso, é preciso apresentar um número de inscrição no CadÚnico. Durante a inscrição, o animal passa por triagem com médico veterinário, para apontar se está apto à cirurgia. “Precisa estar com a pele íntegra, se alimentando bem, fezes em bom estado. Vamos também tirar a temperatura e não pode estar acima do peso”, explica Rita de Cássia Lima, médica veterinária da Semarh.

Após a etapa de cadastro, os tutores serão chamados por clínicas especializadas em castração animal, para a cirurgia. A estimativa é que os procedimentos cirúrgicos iniciem dentro de 15 dias. O custo de uma cirurgia de castração de cão varia, em média, de R$ 600 a R$ 900, a depender do sexo do animal, sem contar os custos adicionais com anestesia, medicamentos e insumos. 

O secretário Daniel Oliveira afirmou que a meta da Semarh é alcançar 7 mil animais na capital e interior. “Com o controle populacional, a gente consegue cuidar melhor dos animais, as famílias têm mais atenção aos seus próprios animais e evita-se o abandono, que é a principal causa de maus-tratos. Muitas vezes eles [animais] reproduzem e, sem condições de cuidar, os tutores terminam abandonando”, explica o gestor, destacando ainda o sucesso do projeto: “Muito feliz com o alcance social e o impacto positivo que esse projeto gera no bem-estar animal e na saúde pública, prevenindo doenças. Enfim, é um projeto que tem todo o nosso amor e carinho juntos”, frisou.

Isabel Moura, coordenadora da Associação Piauiense de Proteção aos Animais (Apipa), compareceu ao evento. A instituição abriga, no momento, mais de 300 cães e gatos abandonados. Ela classifica a castração social como uma medida “fantástica”. “É um projeto que incluiu a causa animal. É maravilhoso! A gente sonhou com isso a vida toda”, considera a protetora.

Microchip

A iniciativa conta ainda com um avanço tecnológico: além das avaliações e consultas, são implantados microchips para o monitoramento dos animais. Os animais receberão um microchip contendo seus dados. “Se você perder seu animal, o microchip armazenará os dados dele. Se levado a uma clínica com leitor de microchip, consegue-se saber quem é ele, facilitando o contato com os tutores”, acrescenta Rita de Cássia.

No local, também era possível emitir a Carteira de Identidade Pet, com nome, foto, raça e dados dos tutores. 

Expectativa de redução

Em 2023, o Piauí Pet Castramóvel fez cerca de 1.500 cirurgias, somando os atendimentos em Teresina, Picos e Parnaíba. De acordo com o secretário Daniel Oliveira, um estudo realizado em parceria com a Universidade Federal do Piauí aponta que o resultado alcançado no ano passado trará o impacto de 25 mil animais a menos em três anos. 

Para 2024, a meta da Semarh é ofertar 1.500 castrações somente na capital. No interior, o serviço será ampliado para municípios como Piripiri e Canto do Buriti.

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