“Número de mortes no Rio Grande do Sul é bem maior que o registrado”, diz ministro Wellington Dias
Em entrevista o ministro Wellington Dias, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, relatou que a quantidade de mortos com as inundações do Rio Grande do Sul é bem maior do que a registrada até o momento. Wellington Dias pontuou que será necessário um alto investimento no estado para reconstrução de vários setores.
“Nós vamos ter que ter ali um investimento público e também privado muito elevado, há necessidade de reparar as rodovias, todo o setor de energia, garantir o abastecimento de água, necessidade de se reparar a parte de comunicação, área da saúde. Então, é uma situação de colapso em várias áreas. Perdemos muitas vidas, muitas pessoas desaparecidas e, infelizmente, a notícia é ruim. É bem maior o número de pessoas que perdemos ali do que temos dentro dos registros até agora”, pontuou.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou, no início da noite desta segunda-feira (6), que chegou a 85 o número de mortes confirmadas em decorrência das chuvas no estado. Quatro óbitos também estão em investigação. Mais de 200 mil moradores estão longe de suas casas, sendo 47,6 mil em abrigos e 153,8 mil desalojados.
O ministro Desenvolvimento e Assistência Social acrescentou ainda a disponibilidade de R$ 1,4 bilhão para as famílias atingidas pelas inundações na região.
“Só do nosso ministério, nós estamos falando de disponibilidade de R$ 1,4 bilhão para alimentação, antecipação do Bolsa Família, BPC, mas também recursos diretos aos municípios para a rede de assistência social para garantir colchões, lençóis, roupas, kits de higiene, ou seja, tudo que foi necessário para esse atendimento”, destacou.
Na noite de ontem (06), a Câmara dos Deputados aprovou decreto que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024. A medida ainda deve ser aprovada pelo Senado.
Com isso, os limites e prazos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser suspensos, facilitando e acelerando o repasse de recursos federais para o estado afetado por enchentes, na maior crise climática de sua história. O dinheiro usado nessa finalidade também não estará sujeito à limitação de empenho.
“Ontem já foi aprovado na Câmara um decreto legislativo em que flexibiliza, primeiro esses recursos não serão contados para efeitos de regras fiscais, como aconteceu na pandemia. E essa medida que foi adotada ontem e esperamos aprovação no Senado hoje, ela garante sim as condições de aplicação independente desse regramento fiscal para normalidade”, ressaltou Wellington Dias.
(Fonte:cidadeverde.com)