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Vacinas estão em falta em quase metade dos municípios piauienses, aponta CNM

17 de outubro é o Dia Nacional da Vacinação, data criada para ressaltar a importância dos imunizantes no controle de doenças e na prevenção de epidemias. Têm importância na saúde humana, salvando a vida de 3 milhões de pessoas a cada ano, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém, pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela que maioria das cidades estão em falta, especialmente as infantis. 

A falta de insumos essenciais para garantir a cobertura vacinal plena tem sido enfrentada por seis em cada dez municípios no país. O índice é do levantamento da CNM que verificou a ausências das vacinas em 64,7% das cidades. A pesquisa foi produzida no mês passado e mostrou ainda que no Piauí quase a metade dos municípios pesquisados apontaram falta dos imunizantes.

A entidade explica que o Ministério da Saúde é o responsável por fazer a aquisição e a distribuição dentro do Calendário Nacional de Vacinação. Já os Estados são responsáveis em prover seringas e agulhas para a realização da vacinação na população. “Verificamos, porém, a falta há mais de 30 dias na maioria das cidades pesquisadas e ainda o risco de retorno de doenças graves, como a paralisia infantil”, destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. 

Foto: ReproduçãoVacinas estão em falta em quase metade dos municípios piauienses, aponta CNM

Vacinas estão em falta em quase metade dos municípios piauienses, aponta CNM

No Piauí, o índice de cidades sem imunizantes, em setembro, foi de 44%, ou seja, quatro em casa dez pesquisados. Apesar de alto, o percentual piauiense ficou entre os menores do país. Na verdade, o quinto menor, ficando à frente apenas de Roraima (25%), Tocantins (28,1), Mato Grosso do Sul (42,5%) e Rio grande do Sul (43,6%). A liderança ficou com Santa Catarina, com 83,7%, seguido por Pernambuco com pouco mais de 80%. 

Em algumas cidades, a falta de imunizantes era relatada há mais de 90 dias. A principal dose mencionada, por mais de 1.200 municípios, foi a da varicela, que protege bebês e crianças da catapora. Em seguida, estava a da Covid-19, citada por 770 cidades. Já a vacina Meningocócica C, que previne doenças graves bacterianas, como meningite e meningococcemia, estava em falta em 546 lugares.

Foto: ReproduçãoVacinas estão em falta em quase metade dos municípios piauienses, aponta CNM

Vacinas estão em falta em quase metade dos municípios piauienses, aponta CNM

No levantamento, apareceram ainda relatos de falta da dose tetraviral, que protege contra sarampo, caxumba, catapora e rubéola; da aplicação que previne hepatite A e da vacina DTP, que evita casos de difteria, tétano e coqueluche.  Em resposta ao levantamento da CNM, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica em que reconheceu o cenário de desabastecimento e atribuiu a falta a atrasos no cronograma de entregas por fabricantes.

O ministério disse que “estão sendo tomadas medidas para garantir a regularização” das doses, como por vias alternativas de aquisição com outros fabricantes e junto a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).