Servidores “fecham” Prefeitura em protesto contra salários atrasados
Servidores municipais protestam nesta segunda-feira (30) em frente à Prefeitura de Teresina, na região central da capital. Os trabalhadores cobram salários atrasados e benefícios não quitados pela atual gestão. Além de servidores efetivos, terceirizados e trabalhadores com contratos precários e profissionais de radiologia também participam do ato. Devido ao protesto, grades foram instaladas em frente ao Palácio da Cidade, impedindo o acesso ao Palácio da Cidade.
A Prefeitura de Teresina foi procurada pela reportagem, mas informou que não irá se manifestar.
O diretor-geral do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm), Sinésio Soares, lamentou o cenário atual.
“Essa é uma manifestação em defesa do serviço público municipal: servidores efetivos, celetistas precarizados e terceirizados. Estamos com representações de todos aqui porque já entramos com um protocolo no Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que não saia nenhum centavo para outra despesa, enquanto os trabalhadores não tiverem todos os seus direitos pagos para o exercício de 2024. São horas extras não pagas em vários setores, o adicional noturno, o adicional de risco de morte. Temos a questão do 13º salário dos profissionais da educação, que não foi pago; alguns inclusive com diferença no 13º salário e alguns com 13º salário individual também. Tem muita demanda”, afirmou.
O dirigente ainda comentou sobre a situação dos terceirizados.
“Com relação aos terceirizados, a situação é ainda pior. As empresas têm condições de pagar e não o fazem. Dizem que a Prefeitura tem débitos com elas, só que o débito delas com os trabalhadores é maior ainda. Então, nós estamos pedindo ao Tribunal que nos ajude nesse sentido, já que as contas estão bloqueadas. Já protocolamos o documento e o presidente do Tribunal concordou, achando sim que os trabalhadores são a prioridade, porque materializam o serviço público”, afirmou.
Em conversa, os profissionais afirmaram estar com os salários atrasados desde o mês de novembro; cerca de 600 trabalhadores não receberam os valores, de acordo com os representantes.