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Homem confessa ter matado avós e neta em Teresina por vingança contra ex-companheira

Clenilson Sousa Santos, preso acusado de assassinar os idosos Maria dos Santos de Sousa Lemos e João Francisco de Sousa Lemos, além da neta do casal, uma criança identificada pelas iniciais A.S da S.L., no povoado Cajaíbas, zona rural de Teresina, confessou o crime em depoimento ao delegado Divanilson Sena. Segundo Clenilson, ele cometeu o triplo homicídio motivado pelo remorso que sentia em relação à ex-companheira, Bruna Carvalho, mãe da menina.

O crime chocou os moradores da região. Clenilson invadiu a residência onde viviam os idosos e a neta e utilizou uma faca, encontrada na própria casa, e um pedaço de pau para cometer os assassinatos. Ele relatou que matou os moradores assim que os encontrou. “Peguei quem estava no quarto. Já fui emburacando e matando logo. Entrou, caiu. Não lembro quem foi [a primeira vítima] não”, disse Clenilson, negando que o crime tenha sido premeditado.

Dinâmica e motivação

De acordo com o depoimento, Clenilson afirmou que “a menina eu matei de pau e os dois [idosos] de faca. Faca deles lá”. Questionado sobre os motivos do crime, ele revelou que agiu por raiva e remorso devido a uma suposta traição de Bruna. “A maldade foi só com ela mesmo”, disse ele, referindo-se à ex-companheira.

O delegado também questionou Clenilson se ele havia abusado sexualmente da idosa ou da criança antes dos assassinatos. Ele negou ambas as acusações em duas oportunidades. “Nunca fiz nada disso antes. A maldade foi só isso [os assassinatos]”, declarou.

Clenilson também revelou que residia em Brasília com Bruna e que havia retornado a Teresina após o término do relacionamento. Ele alegou que a separação ocorreu depois de descobrir a suposta traição de Bruna com o patrão dele. “Ela fez a crueldade comigo e eu vim embora”, afirmou. Sobre o consumo de substâncias antes do crime, Clenilson negou estar sob efeito de drogas ou álcool no momento e relatou usar apenas “maconha e cachaça” ocasionalmente.

Próximos passos no processo

Clenilson Sousa Santos teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após passar por audiência de custódia. Ele permanece detido enquanto aguarda o andamento do processo. O caso segue sob investigação, com detalhes da dinâmica do crime sendo apurados pela polícia.