Justiça mantém prisão de estudante acusado de duplo homicídio em Teresina
A Justiça do Piauí decidiu manter preso o estudante de Direito João Henrique Soares Leite Bonfim, acusado de causar a morte de um casal em um grave acidente de trânsito ocorrido em dezembro de 2024. A decisão veio após a apresentação de um relatório médico emitido pela Cadeia Pública de Altos, que atestou a boa condição de saúde do réu e descartou a necessidade de transferência para prisão domiciliar.
O documento foi divulgado nesta segunda-feira (20) e contraria o pedido do Ministério Público, que alegava que o acusado seria portador de uma doença cardíaca grave. O relatório detalha que João Henrique está “hemodinamicamente estável”, sem sinais de alterações cardíacas ou outros problemas de saúde que comprometam sua permanência na unidade prisional.
O caso
João Henrique é réu por duplo homicídio doloso após colidir contra uma motocicleta ocupada por Laurielle da Silva e Francisco Felipe, no cruzamento das avenidas Jockey e Nossa Senhora de Fátima, em Teresina. O acidente ocorreu em 1º de dezembro de 2024.
Segundo a investigação, o acusado dirigia um veículo em alta velocidade, sob efeito de álcool e portando drogas sintéticas, quando avançou o sinal vermelho, atingindo o casal. Ambos morreram no local devido ao impacto.
Pedido negado
O Ministério Público havia solicitado a prisão domiciliar para João Henrique, argumentando que ele apresentava problemas cardíacos e que o ambiente carcerário poderia agravar sua condição. Entretanto, o relatório médico descartou a gravidade dos supostos problemas de saúde, destacando que a unidade prisional dispõe de recursos para atender às necessidades do interno.
“Não foram constatadas intercorrências cardíacas durante o período em que se encontra nessa unidade, assim como o acusado não alegou problemas cardíacos relacionados aos seus antecedentes nos últimos anos”, afirma o laudo.
O que diz a defesa
A defesa de João Henrique não se pronunciou sobre o parecer médico até o momento. No entanto, a família das vítimas segue cobrando justiça, afirmando que o acusado deve responder pelos crimes em regime fechado, dado o impacto irreparável do acidente.
O caso segue tramitando na Justiça, e novas audiências devem ser realizadas nas próximas semanas.