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Acusado de estuprar e matar Janaína Bezerra começa a ser julgado em Teresina

O júri popular de Thiago Mayson da Silva Barbosa, acusado pela morte da estudante de jornalismo Janaína Bezerra, de 22 anos, acontece nesta sexta-feira (1º) na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina. A vítima foi estuprada e morta em janeiro deste ano dentro de uma sala de aula da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

O julgamento de Thiago, que está preso na Cadeia Pública de Altos, deveria ter ocorrido no dia 17 de agosto, mas foi adiado após a UFPI não ter indicado servidores para participar do Júri Popular. Em nota, a UFPI admitiu que houve um “equívoco interno.”

Em entrevista parta a TV Meio Norte, Adão Bezerra, pai de Janaína, declarou que deseja que a condenação do acusado seja justa para a família. “O julgamento era para ter ocorrido no dia 17 de agosto e não aconteceu, adiaram para hoje. Hoje, estamos aqui para assistir ao julgamento desse indivíduo, e eu quero sair daqui com a certeza de que não vai acontecer. Estou aqui para que seja resolvido esse problema, e espero a condenação máxima dele, que ele seja julgado. Deve pagar pelo erro que cometeu.”

Abalada, a mãe da jovem, Maria do Socorro,  expressou que sente todos os dias a tristeza pelo sofrimento que a filha enfrentou e pela dor da saudade: “Para mim, é muito triste, todos os dias são tristes. Todos os dias eu choro para ver minha filha, e com fé em Deus, ele vai ser condenado, e eu só quero justiça. Estou clamando por justiça porque ele tirou uma vida, tirou tudo da gente, tirou sonhos”, falou.

Representantes da Frente Popular de Mulheres contra o Feminicídio levaram cartazes, faixas e realizaram uma manifestação em frente à 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina. 

“Estamos aqui para pedir justiça por Janaína Bezerra e por todas as mulheres que são vítimas de feminicídio no estado do Piauí. Não é possível que essa dor que Janaína está sentindo, e todas nós, mulheres que estamos aqui, estamos sentindo, se perpetue. É necessário que haja um julgamento justo do acusado, que ele pague na proporção da gravidade do crime que cometeu,” afirmou Rosa Maria Monteiro representante da Frente Popular de Mulheres contra o Feminicídio.

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