Aplicativo do governo federal vai agilizar bloqueio de celular roubado; entenda!
Na terça-feira (19), o governo federal lançará o aplicativo Celular Seguro, possibilitando o bloqueio imediato de linhas telefônicas e dispositivos móveis em situações de roubo ou furto. Para utilizar o aplicativo, os usuários deverão cadastrar seus dados em uma página na internet a ser divulgada pelo governo federal.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, explicou em postagem nas redes sociais que, em caso de roubo, basta acionar o sistema por um computador, notificando as operadoras telefônicas e bancos instantaneamente, o que resultará no bloqueio imediato de acessos.
“Uma medida importante para diminuir a dor de cabeça e as perdas financeiras de quem passa por furto ou roubo. Amanhã já estará disponível nas lojas de aplicativos”, completou o ministro.
A nova plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). De acordo com o secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, os celulares roubados serão transformados “num pedaço de metal inútil” após o bloqueio.
“Com apenas um clique, a vítima enviará um aviso simultaneamente para a Anatel, para os bancos, para as operadoras de telefonia e para os demais aplicativos”, anunciou.
Como será o funcionamento do Celular Seguro?
O Celular Seguro pretende agilizar a comunicação com terceiros em casos de roubo, furto ou perda de celulares. Essa ação será realizada por meio de parcerias entre o governo e entidades como Anatel, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e instituições financeiras.
O plano do governo federal inclui a ampliação da colaboração com as operadoras de celular para bloquear não apenas o aparelho, mas também o chip, impedindo assim o recebimento de mensagens de texto que possam ser usadas para recuperar senhas de redes sociais, por exemplo.
De acordo com Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, a expansão desse sistema está prevista para janeiro de 2024. Ele também mencionou que empresas como iFood, Uber, 99, Mercado Livre e Nubank devem aderir ao programa.
Cappelli explicou: “A pessoa que roubou o aparelho não conseguirá usar os aplicativos, acessar os bancos ou vender o dispositivo. Acreditamos que isso desencorajará o interesse nesse tipo de crime, assim como na receptação”.
Quais são as entidades envolvidas nesse projeto governamental?
Anatel: responsável pela coordenação entre as operadoras de telefonia e a ABR Telecom;
ABR Telecom: encarregada de direcionar para as operadoras participantes (Algar Telecom, Claro, Datora Telecom, Emnify Brasil, Sercomtel, Surf Telecom, TIM, Vivo/Telefônica);
Febraban: encarregada da coordenação entre as instituições financeiras;
Banco do Brasil, Banco Inter, Banco Pan, Banco Safra, Bradesco, BTG Pactual, Caixa, Itaú, Santander, Sicoob, Sicredi e XP Investimentos: responsáveis por interromper o acesso aos seus aplicativos.