Carlos Augusto rebate Dudu e diz que foi Wellington quem o chamou para o PT
O deputado estadual coronel Carlos Augusto (PL) rebateu nesta sexta-feira (28) declarações feitas pelo vereador Dudu Borges (PT) à imprensa nessa quinta-feira (27). Dudu afirmou que em 2018 o deputado chegou a ser convidado para ingressar no Partido dos Trabalhadores, mas preferiu se filiar ao PL, ao contrário do cenário atual, onde o coronel admitiu interesse de se tornar um petista.
Em resposta a alfinetada de Dudu, Carlos Augusto disse que o convite a ele partiu do próprio governador Wellington Dias e não do vereador da Capital. O deputado lembrou que “a gente só entra em uma casa se os donos abrirem”.
“Não fui convidado por ele [Dudu]. O governador que me convidou tem que me desconvidar, mas uma coisa é certa a gente não entra em uma casa de portas fechadas, a gente só entra em uma casa se os donos abrirem as portas para a gente entrar, eu não vou empurrar a porta para entrar não, até porque estou muito bem dentro do meu partido”, declarou.
Carlos Augusto disse ainda que possui uma ótima relação com membros do PT e que em 2018 o PL estava no mesmo bloco que elegeu Wellington Dias para seu quarto mandato de governador do Piauí.
“Eu tenho grandes amigos no PT, o próprio Dudu e tantos outros companheiros, como o governador, a Rejane Dias, várias lideranças em alguns municípios, o Merlong Solano. Eu tenho uma relação muito boa com o partido e as pessoas do partido. Quanto a 2018, nós [PT e PL] marchamos juntos porque não teve chapa pura, era um bloco de partidos aliados formado para eleger Wellington Dias”, explicou.
O deputado estadual fez questão de reforçar a boa relação com Dudu. “Não tenho nenhuma aresta nem com Dudu e nem com nenhum membro do PT, muito pelo contrário, da minha parte toda minha consideração e respeito por todos eles”, completou.
Estratégia
Carlos Augusto reforçou que foi convidado para se filiar ao PT por uma questão de estratégia por conta do fim das coligações proporcionais e ainda criticou a atual legislação eleitoral. “Estou muito bem no PL, mas eu fui convidado para ir ao PT nessa nova estratégia que existe hoje em todo o país devido a uma legislação vulnerável, um sistema político arcaico e atrasado”, disparou.
Para o deputado, a legislação deveria permitir que qualquer pessoa tivesse a chance de ser eleito, além de defender o fim da perpetuação de famílias em mandatos.
“Uma coisa que espero é o Congresso Nacional se posicionar e fazer uma reforma política de vergonha, que contemple as pessoas e que possibilite alguém que esteja fora da política, alguém das comunidades, de entrar na política e ter chance de eleição porque o que nós temos visto no estado e país a fora são mandatos passando de pai para filho, marido para mulher. É o prefeito que elege o filho, é o deputado que elege o filho”, criticou.
“Eu sou o primeiro mandatário na minha família e não estou na política nem para fazer carreira e nem para defender sigla, sou policial militar e tenho um compromisso muito grande com o meu mandato por tudo que vivi na minha vida, a minha ideologia é essa de trabalho e acreditar na educação”, afirmou.
Candidatura avulsa
“Eu busco o meu mandato para ajudar as pessoas, infelizmente a gente tem que ter um partido, porque se tivesse avulso eu era candidato avulso, sou a favor dos candidatos mais votados serem eleitos, ser majoritário para todo mundo, vivemos em um momento que se precisa reformar a cara da política e eu acho que seria uma oportunidade deixar todos serem candidatos e quem tiver mais votos que seja eleito”, finalizou o deputado.