Caso Daniel Alves: jogador é condenado a 4 anos e meio de prisão
O tribunal espanhol declarou Daniel Alves culpado no processo de agressão sexual envolvendo uma mulher de 24 anos em Barcelona. O jogador recebeu uma sentença de 4 anos e 6 meses de prisão, considerando a multa de R$ 900 mil (150 mil euros) como fator atenuante, auxiliada pela família Neymar. O montante será destinado à vítima como compensação por danos morais e lesões.
O tribunal concluiu que não houve consentimento por parte da vítima para o ato sexual e que existem elementos de prova, além do testemunho da mulher, para dar prova da violação. A decisão foi proferida pela juíza Isabel Delgado na 21ª Seção de Audiência de Barcelona. A defesa do jogador pode apelar da decisão.
Após cumprir a pena em regime fechado, Daniel Alves ficará sob liberdade vigiada por cinco anos. A decisão foi emitida nesta quinta-feira (22) pelo Superior Tribunal de Justiça da Catalunha, duas semanas após o encerramento do julgamento realizado de 5 a 7 de fevereiro em Barcelona.
Além disso, o brasileiro está proibido de se aproximar da residência ou do local de trabalho da vítima, sendo obrigado a manter uma distância mínima de um quilômetro e a abster-se de qualquer forma de comunicação com ela durante nove anos e seis meses.
Outras testemunhas alegam terem sido vítimas do jogador
Uma amiga e uma prima da jovem que disse ter sido vítima de estupro pelo ex-jogador em uma boate de Barcelona em 2022, relataram terem sido apalpadas por Daniel na mesma noite. Daniel Alves está em prisão preventiva há quase 400 dias, e havia comparecido recentemente à Audiência de Barcelona para prestar depoimento no julgamento, que está programado para durar três dias e incluir o testemunho de outras 28 testemunhas, além da própria jovem que acusa o brasileiro.
A Promotoria de Barcelona havia solicitado uma pena de nove anos de prisão para o ex-jogador, e a sentença ainda não possui uma data definida. Durante a última sessão, a jovem que acusa Daniel Alves prestou depoimento por aproximadamente uma hora, com sua identidade protegida por distorção vocal e a imprensa impedida de acompanhar a sessão.