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Caso de feminicídio em Teresina: suspeita de envenenamento reforça investigação

O Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicitou a prorrogação da prisão temporária de Maria do Perpétuo, investigada pelo assassinato de sua companheira Karita Joara de Lima Santos, de 35 anos. Karita foi encontrada morta em sua residência no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina, em 26 de setembro.

O pedido de extensão do prazo foi feito devido à necessidade de conclusão dos laudos histopatológico e toxicológico do corpo da vítima. As investigações indicam suspeitas de envenenamento e estrangulamento como causas da morte.

A delegada Nathália Figueiredo, titular do Núcleo de Feminicídios, destacou que aguarda a análise do pedido antes do recesso do Judiciário. Caso aprovado, Maria poderá permanecer detida por mais 30 dias, permitindo o avanço das investigações.

Entenda o caso

Karita Joara foi encontrada morta em casa no dia 26 de setembro. Maria do Perpétuo, que estava presente na residência, afirmou ter encontrado a companheira enforcada. O caso foi inicialmente tratado como suicídio, mas o laudo cadavérico revelou que Karita foi assassinada por estrangulamento.

No dia 27 de novembro, Maria foi presa sob acusação de homicídio qualificado, com as agravantes de feminicídio, meio cruel e tentativa de fraude processual.

A relação entre Karita e Maria, que durava cerca de três meses, era descrita como conturbada, com constantes desentendimentos relatados por familiares, vizinhos e colegas de trabalho.

A polícia segue analisando os elementos do caso, incluindo os laudos periciais, para fundamentar o inquérito e elucidar as circunstâncias do crime.