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Ciro Nogueira deve assumir Casa Civil

O presidente Jair Bolsonaro deverá nomear o senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, para a Casa Civil. A mudança foi discutida em uma reunião na tarde desta terça-feira no Palácio do Planalto e pode não ser a única a ocorrer. O atual ocupante da pasta,  Luiz Eduardo Ramos, deverá ser remanejado para outro posto.

O debate em curso prevê alocá-lo na Secretaria-Geral da Presidência, hoje comandada por Onyx Lorenzoni. O Planalto não descarta dar a Onyx uma nova função na Esplanada. Um dos destinos seria um novo ministério, que poderia absorver funções hoje concentradas no Ministério da Economia.

Se confirmada, a ida de Nogueira para o mais importante ministério do governo terá por objetivo reorganizar politicamente no momento em que ele enfrenta sua maior dificuldade política com a CPI da Pandemia e ao mesmo tempo as maiores taxas de rejeição e de baixa popularidade. Pesquisas internas do governo apontam o mal momento do presidente.

Segundo relatos feitos à CNN, o próprio Ciro Nogueira já tem dado sinais de insatisfação com o governo, sugerindo, inclusive, que poderia romper a relação de alinhamento político. Com a nomeação, ele finalmente daria um ministério de peso a um senador, um debate antigo dentro do governo tendo em vista não haver nenhum integrante da casa no alto escalão da Esplanada.

Além disso, tentaria amenizar problemas recentes com Ciro, presidente do principal partido aliado de Bolsonaro. O senador se irritou recentemente com uma autorização do Ministério da Economia de R$ 800 milhões para o Piauí que, por meio da operação de crédito, pretende reforçar o orçamento em infraestrutura, saúde e segurança.

O estado governado por Wellington Dias é reduto eleitoral do político do PP, que cogita disputar o Executivo local contra uma eventual reeleição do petista. Recentemente, Ciro Nogueira também saiu da titularidade da CPI que apura ações e omissões do governo federal na pandemia.

Além disso, Bolsonaro já disse que vetará o fundo eleitoral bilionário aprovado pela Camara dos Deputados. O anúncio rápido do veto incomodou Arthur Lira, presidente da Câmara e também integrante do Progressistas.

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