Clubes não questionam CBF por caso de assédio e compra de avião por Caboclo
Na reunião em que apresentaram o pleito para a criação de uma liga para organizar o Campeonato Brasieiro, os representantes dos clubes da Série A não questionaram a CBF sobre o caso de assédio sexual envolvendo o presidente afastado Rogério Caboclo, denunciado por uma funcionária à Comissão de Ética da entidade.
Também não houve nenhuma cobrança a respeito da compra de um avião por R$ 71,6 milhões pelo então mandatário dias antes de deixar o cargo. Os dirigentes se ativeram nas questões referentes à liga e pleitos relacionados à eleição na entidade em 2022.
O presidente interino, Coronel Nunes, recebeu os dirigentes, mas ficou pouco tempo no encontro. Também estiveram presentes Walter Feldman, secretário geral, e os vices Fernando Sarney, Gustavo Feijó, Castellar Guimarães Neto e Ednaldo Rodrigues.
Pelos clubes, marcaram presença os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, do Palmeuras, Maurício Galiote, do Grêmio, Romildo Bolzan, do Bahia, Guilherme Bellintani, do Fluminense, Mario Bittencourt, entre outros.
No encontro, em que as dificuldades financeiras dos clubes foram colocadas, o setor de compliance da CBF foi citado pelos seus dirigentes, mas não se entrou nos temas mais delicados sob investigação.
Segundo revelou Rodrigo Mattos no “Uol”, no dia da denúncia de assédio, Caboclo havia comprado um avião novo — um Legacy 500 — para a CBF. A aeronave tem capacidade para 16 passageiros. A compra ocorreu apesar de a CBF já ter um avião Citation.
Agora, os dirigentes tentam vender o avião. A missão está a cargo de Dino Gentile, diretor de Patrimônio. Já há uma oferta para recuperar o valor investido.