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Com quase 4 mil casos de dengue, agentes de endemia e militares visitam casas em Teresina

A chegada do período chuvoso exige cuidados, principalmente contra o mosquito da dengue. A incidência do Aedes aegypti costuma ser maior nesta época do ano devido ao acúmulo de água parada em vasos de plantas, pneus e até tampinhas de garrafas, que podem se tornar criadouros. 

De acordo com o último boletim epidemiológico da Fundação Municipal da Saúde (FMS), divulgado no dia 9 de novembro, Teresina registrou 3.746 casos confirmados de dengue 1.886 casos de chikungunya. Até o início deste mês, não foram registradas mortes por dengue, mas duas pessoas vieram a óbito por chikungunya. 

Para coibir a proliferação do mosquito e resguardar a saúde da população, agentes de endemia e militares do 25º Batalhão de Caçadores reuniram esforços e iniciaram, nesta terça-feira (28), um grande mutirão de combate à dengue. 

Cerca de 238 agente de endemias e mais de 400 militares percorreram ruas dos bairros Cabral, Primavera e Porenquanto, zona Norte de Teresina, e foram de porta em porta conversar com os moradores, orientar sobre ações de combate ao mosquito, além de retirada de objetos que acumulam água e entrega de material educativo.

O gerente do Centro de Zoonones de Teresina, Élcio Leite, destaca que a ação seguirá um cronograma também em outros bairros, e reforçou a importância da parceria com o Exército Brasileiro, no combate à dengue. Ele pontua que, somente este ano, já foram registrados mais de cinco mil casos de dengue, zika e chikungunya em Teresina, além dos óbitos, o que exige cuidados redobrado da população. 

“Nós vamos implementar nossas ações em campo. Cada agente de endemia será acompanhado por dois militares, fazendo um grande movimento e percorrendo, se não todos, mas o maior número de imóvel. Os dados são altos, por isso a importância de estarmos juntos, vamos vencermos o Aedes aegypti”.

Élcio LeiteGerente do Centro de Zoonones

A técnica em Enfermagem Edilmaria Pereira da Silva (37) recebeu os agentes de endemia e os militares para uma visita e vistoria no quintal. Ela reforçou que esse tipo de ação é fundamental para evitar a proliferação do mosquito e, consequentemente, o contágio de doenças como dengue, zika e chikungunya.

“Essa é uma ação muito importante, porque, por mais que as pessoas saibam que não pode deixar água acumulada, muitos não cuidam de suas casas e, posteriormente, acabam contraindo a doença. A dengue é muito séria, minha mãe já teve e, depois disso, redobramos a atenção na nossa casa. E eu, que trabalho na Saúde, fico sempre alertando para não deixar recipiente com água acumulada, porque é perigoso”, acrescenta a moradora. 

Ao longo de toda a semana serão realizadas visitas aos imóveis da zona Norte, região com maior incidência de casos, segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes (LIRA), índices prediais onde o agente vai às residências para identificar o depósito foco de vetor predominante naquela região.

A partir da próxima semana, as ações serão estendidas para outras regiões da Capital. A estimativa é de que, por dia, sejam visitados entre 300 e 400 imóveis. Os militares que estão acompanhando os agentes de endemia foram treinados para o combate ao Aedes aegypti e receberam bolsa com kit idêntico aos dos profissionais. Além de auxiliar na busca pelo mosquito transmissor da dengue, eles entregaram panfletos educativos aos moradores e à comunidade.

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