Delegado afirma que adolescente foi estuprada e detalha situação em que ela estava
A adolescente de 15 anos, que estava desaparecida há quatro dias, foi localizada na tarde desta terça-feira (10) e, segundo a Polícia Civil, foi vítima de estupro e mantida em cárcere privado.
De acordo com o delegado Jorge Terceiro, titular da Delegacia de Desaparecidos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a jovem foi encontrada em um quarto, deitada em uma cama, ao lado de Julieno da Silva Gonçalves, que foi preso em flagrante no local.
Segundo o delegado, a adolescente apresentava sinais de trauma profundo e não conseguia se comunicar, aparentando estar sob efeito de alguma substância. “Desde o momento em que ela foi localizada, constatamos que apresentava um comportamento muito adverso. Ela não falava e, em algumas situações, precisava ser amparada por outras pessoas para se locomover. Não se afasta a possibilidade de que estivesse sob efeito de algum tipo de substância”, afirmou.
A vítima não pôde ser ouvida na Central de Flagrantes devido ao seu estado de saúde. Foi acionado o Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS), que coletou material para exame toxicológico. Após o resgate, a adolescente foi entregue imediatamente à família.
Quadro de vulnerabilidade
O delegado ressaltou que a jovem possui Transtorno do Espectro Autista (TEA) e é acompanhada por profissionais de saúde. “Ela é uma menina de 15 anos com um quadro de autismo e faz acompanhamento. Há suspeita de que tenha ingerido alguma substância administrada por terceiros. A imagem que ela transmitia, sem conseguir falar durante cinco horas conosco, é como se estivesse dopada. Tudo isso está sendo avaliado”, destacou.
Prisão e resistência
Ainda segundo a polícia, Julieno da Silva Gonçalves resistiu à abordagem inicial e se recusou a abrir o portão da residência, que estava trancado com cadeado, mesmo após ordem dos agentes. Ele foi conduzido à Central de Flagrantes e autuado pelos crimes de sequestro, cárcere privado e estupro de vulnerável.
As investigações seguem sob responsabilidade da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).