Dono de escritório de contabilidade é preso pela 4ª vez em operação da Polícia Federal
A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (16/09), Elinaldo Soares Silva, proprietário de um escritório de contabilidade no bairro Monte Castelo, zona Sul de Teresina. A ação faz parte da Operação ‘Nobody’, que visa combater um esquema de fraudes previdenciárias na região. Além de Elinaldo, uma segunda pessoa, cuja identidade não foi revelada, também foi presa.
Segundo informações preliminares, por volta das 7h50 da manhã, as equipes da PF deixaram a residência de Elinaldo com os dois presos, encaminhando-os à sede da Polícia Federal, localizada na Avenida João XXIII, em Teresina.
Durante a ação, foram cumpridos cinco mandados judiciais, sendo três mandados de prisão temporária e dois de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Federal da capital.
A investigação parte da operação realizada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), em 2019, contra um grupo criminoso responsável por falsificar documentos de identidade em Teresina. A documentação fraudada era utilizada para solicitar Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social- BPC-LOAS junto ao INSS.
Até o momento, a investigação identificou 107 benefícios vinculados ao esquema, sendo que em 37 casos foi comprovado o recebimento após o falecimento do beneficiário ou constatados indícios de fraude envolvendo pessoas fictícias. O prejuízo causado por esses benefícios fraudulentos ultrapassa R$ 2,5 milhões aos cofres públicos.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao logo do processo investigatório.
Esta não é a primeira vez que Elinaldo Soares é preso. O contador já foi detido outras três vezes, todas pela Polícia Civil do Piauí. A mais recente ocorreu em 1º de dezembro de 2022, durante a “Operação Faker”, realizada pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Na ocasião, Elinaldo foi preso por posse irregular de arma de fogo com numeração suprimida, receptação qualificada de bem público, uso de documento falso e falsificação de documento público.
Em 12 de abril de 2022, Elinaldo foi novamente preso pelo GRECO, dessa vez por uso de documentos falsos para obtenção de registro de arma de fogo. Já em 2019, ele foi preso com diversos documentos falsificados. Na operação de 2019, as equipes policiais apreenderam mais de 100 documentos falsos, uma arma, veículos e R$ 4.000,00 em espécie.