Gasolina mais cara acelera inflação ao consumidor no IGP-10 de maio, diz FGV
O aumento de 1,44% no preço da gasolina exerceu a maior pressão sobre a inflação ao consumidor, medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de maio, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) acelerou de uma elevação de 0,21% em abril para uma alta de 0,39% em maio.
Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais altas: Educação, Leitura e Recreação (de -1,72% em abril para -0,51% em maio), Transportes (de 0,19% para 0,64%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,49% para 0,78%) e Comunicação (de -0,21% para 0,57%). As principais contribuições para essas altas vieram dos itens: passagem aérea (de -10,60% para -3,71%), gasolina (de -0,07% para 1,44%), medicamentos em geral (de 1,16% para 2,66%) e tarifa de telefone móvel (de 0,36% para 1,90%).
Por outro lado, as taxas foram mais baixas nos grupos Habitação (de 0,54% para 0,26%), Alimentação (de 0,73% para 0,53%), Vestuário (de 0,05% para -0,02%) e Despesas Diversas (de 0,19% para 0,16%). As maiores influências para a desaceleração nesses grupos vieram dos itens: aluguel residencial (de 2,07% para 1,19%), frutas (de 3,61% para 0,98%), calçados (de 0,07% para -0,35%) e serviços bancários (de 0,34% para 0,04%).
No setor de construção, a alta nos custos da mão de obra foi o principal fator de aceleração da inflação medida pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), que passou de uma elevação de 0,33% em abril para uma alta de 0,53% em maio. O índice de custos de Materiais, Equipamentos e Serviços aumentou de 0,21% em abril para 0,26% em maio. Especificamente, os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,24%, enquanto os custos dos Serviços subiram 0,52% no mês. O índice que representa o custo da Mão de Obra aumentou de 0,50% em abril para 0,92% em maio.