Mariana Rios faz balanço da vida e diz que abraça sofrimentos: “Sofro, mas levanto”
Mariana Rios, 36 anos, passou por um turbilhão de emoções em meio à pandemia. Neste mês de julho, a atriz e cantora lembra que um ano se passou desde que engravidou e sofreu uma perda gestacional – e pouco depois terminou o noivado com Lucas Kalil. Apesar de tudo, ela fala sobre os aprendizados que vieram com as mudanças em sua vida e como usa as aguçadas habilidades de observação para processar todas as suas emoções e seguir em frente cada vez mais forte.
Em entrevista à Marie Claire, Mariana reflete sobre saúde mental, o desejo de ter um programa de viagens quando a vida voltar ao normal e lembra um episódio inusitado de sua vida – o ‘crush’ no ator Patrick Swayze (Dirty Dancing – Ritmo Quente, 1987, e Ghost – Do Outro Lado da Vida, 1990) que a levou para a terapia aos oito anos de idade.
MARIE CLAIRE No último ano, no meio da pandemia, você passou por lutas na vida pessoal que a marcaram bastante. Como seria um balanço desse período para você?
MARIANA RIOS Acho que ano passado potencializou uma mudança positiva em mim. Acredito que nada na vida acontece por acaso, mas precisamos ter muita inteligência emocional para saber que tudo passa. É assim que eu levo. O ano passado, para mim, foi um ano de uma grande transformação, que não vejo pelo lado negativo. Eu só agradeço porque, se estou passando por qualquer coisa, eu tenho oportunidade de crescer, de viver. Você precisa saber quem você é, o que você busca na sua vida. Porque, no final do dia, somos nós e a nossa cabeça, né? Busco me conhecer, mergulhar nos meus problemas e aprender com eles. Vou sofrer, mas o sofrimento serve para me levantar depois de uma queda.
MC Recentemente fez um ano que você perdeu o bebê. De lá para cá, como isso mudou você?
MR Para mim, a maior mudança aconteceu depois dessa perda. Porque realmente significou muito pra mim, descobri um novo amor. Imagina realmente ter o bebê? Acho que isso me deu mais entendimento, mais força para entender as coisas. Sabendo que, se eu passei por isso e tive força para acordar no dia seguinte, era hora de falar ‘é isso e vamos lá, a vida continua’. A vida é uma montanha-russa e sou muito grata pelas pessoas que estão ao meu lado, por ter amadurecido com isso. Posso dizer que foi um aprendizado em todos os sentidos.
MC E de onde vem essa força, essa segurança toda?
MR Realmente não sei, mas desde criança é uma coisa inconsciente. Observo muito as pessoas, as situações, sabe? E eu acho que todos nós somos muito parecidos, ninguém é 100% bom, ninguém é 100% mau. Temos todos os sentimentos dentro da gente e é uma escolha o sentimento que você vai e optar por ter mais tempo no seu caminho. Sempre fiz terapia e acho que todo mundo deveria fazer.