Menina transferida de Parnaíba com suspeita de envenenamento morre no HUT
Uma menina de três anos, transferida de Parnaíba para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) com suspeita de envenenamento, faleceu na madrugada desta segunda-feira (06). A informação foi confirmada pela direção do hospital. Este é o terceiro óbito registrado na família após o consumo do primeiro almoço de 2025, que teria causado uma intoxicação coletiva.
A criança chegou ao HUT na última sexta-feira (03) por meio de uma aeronave do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU – Aéreo). Outra menina, de quatro anos, também foi transferida de Parnaíba para a capital, mas em uma ambulância terrestre. Ambas residem na casa onde pelo menos nove pessoas apresentaram sintomas de intoxicação alimentar.
De acordo com o médico Rogério Medeiros, diretor técnico do HUT, a morte da menina ocorreu às 2h25 em decorrência de falência de múltiplos órgãos. A outra criança segue internada na UTI pediátrica do hospital.
“Ela está recebendo todos os atendimentos necessários. A paciente está sendo monitorada constantemente, com especial atenção às funções renal, cardíaca e neurológica. Caso seja necessário, outros especialistas também serão acionados”, afirmou Medeiros. O médico destacou que é cedo para determinar se haverá sequelas futuras na paciente sobrevivente.
“Isso dependerá da quantidade de substância ingerida e se realmente foi envenenamento. Seguiremos monitorando diariamente”, acrescentou.
Família de Parnaíba pode ter sido envenenada com raticida
Exames realizados no pequeno Igno Davi Silva, de 1 ano e 8 meses, indicaram intoxicação por raticida como a causa do óbito. Igno Davi e Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, faleceram após consumirem alimentos preparados para o almoço do dia 1º de janeiro de 2025, em Parnaíba, litoral do Piauí. Ambos fazem parte do mesmo núcleo familiar.
A Polícia Civil do Piauí descartou como suspeitos o casal que doou peixes para a família. Segundo as investigações, o arroz servido na refeição foi preparado na noite de 31 de dezembro, às 19h. Em depoimento, um dos sobreviventes relatou que nenhuma pessoa fora do grupo familiar teve acesso à residência durante o preparo.
O caso segue sob investigação do delegado Abimael Silva, da Delegacia de Homicídios de Parnaíba. Novos exames periciais estão sendo realizados para determinar as circunstâncias do incidente e esclarecer se há relação com outro episódio ocorrido no ano anterior, no qual dois filhos de Francisca faleceram após ingerirem cajus supostamente contaminados com raticida.