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Nova gestão da FMS de Teresina denuncia “caos” na saúde pública e apresenta plano emergencial

A nova diretoria da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina revelou nesta segunda-feira (6) um diagnóstico alarmante sobre o estado da rede pública de saúde da capital. Após uma avaliação iniciada pela equipe de transição em novembro de 2024, a FMS detectou uma situação de “caos” na assistência à saúde, com problemas estruturais e operacionais em diferentes níveis.

De acordo com o presidente da FMS, Charles Silveira, o diagnóstico situacional é fundamental para direcionar as ações da nova gestão. “Estamos empenhados em resolver os diversos problemas da rede de saúde, promovendo o bem-estar das pessoas. Identificar o retrato atual da FMS nos permite atuar de forma eficiente e estratégica”, afirmou.

Diagnóstico aponta precariedade

O levantamento revelou um cenário preocupante, incluindo:

  • Falta de insumos básicos e medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e hospitais.
  • Equipamentos danificados ou inexistentes.
  • Instalações sanitárias inoperantes e salas de assistência interditadas.
  • Ambientes sujos e falta de serviço de capina.
  • Distribuição inadequada de pessoal.

Outro destaque do diagnóstico foi a interdição de 19 salas de Odontologia pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO), além de várias outras com atendimento suspenso devido à falta de insumos odontológicos.

Plano de ação emergencial

Para enfrentar os desafios, a FMS elaborou um plano de ação baseado na classificação de prioridades: “muito urgentes”, “urgentes” e “menos urgentes”. Essa estratégia permitirá a resolução ordenada dos problemas, priorizando questões críticas para assegurar melhorias graduais e sustentáveis.

“Nossa gestão será pautada na honestidade, legalidade e transparência. Enfrentaremos os desafios de cabeça erguida e trabalharemos para construir um sistema de saúde mais eficiente, humano e acessível”, destacou Charles Silveira.

Conheça a rede de saúde da FMS

A FMS administra 92 UBS, 10 hospitais municipais, 4 maternidades, o Centro de Saúde Lineu Araújo, o SAMU, 3 UPAs, o HUT (especializado em traumatologia, ortopedia e neurocirurgia), além de unidades como o Consultório na Rua, o Laboratório Raul Bacelar, e 7 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

A Fundação também coordena o sistema de marcação de consultas e exames especializados do SUS, o Gestor Saúde, que oferece vagas para todos os municípios do Piauí.

Compromisso com a saúde pública

Apesar dos desafios, a nova gestão reafirma seu compromisso com a reestruturação da rede pública. “Trabalharemos arduamente para transformar a saúde pública de Teresina. Juntos, podemos construir um sistema mais justo e eficiente para todos”, concluiu Charles Silveira.

Essa abordagem marca o início de uma nova fase na saúde pública da capital, com foco na resolução dos problemas e na melhoria do atendimento aos cidadãos.