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Piauí registra queda de mortes por AVC com linha de cuidado implantada

 

 

Piauí registrou queda no número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2023. De acordo com os dados do portal da transparência da Associação de Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) no último ano o estado teve uma queda 6,6% no número de pessoas que faleceram por complicações do mal. Em 2022, segundo o órgão, 1823 pessoas morreram por AVC no Piauí, já em 2023 o número caiu para 1702 óbitos.

A queda de 121 óbitos ocorre ao final do primeiro ano de implantação da linha de cuidado ao AVC no estado, um programa que integra seis hospitais da rede pública estadual oferecendo o teleatendimento emergencial com neurologia e cardiologia 24 horas além do medicamento trombolítico que nas primeiras quatro horas reduz o risco de morte e sequelas nos pacientes que sofrem o AVC.

Acidente Vascular Cerebral é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo, no Brasil o AVC matou 109.560 pessoas no Brasil em 2023. segundo dados da Arpen Brasil. O AVC é divido em dois tipos, o isquêmico, que ocorre quando falta sangue em alguma área do cérebro, sendo o mais comum e correspondendo entre 80% e 85% dos casos, e o hemorrágico, quando um vaso, do tipo artéria, raramente uma veia, rompe.

No Piauí, além da Linha de Cuidado ao AVC, também é executada na rede pública estadual de saúde a Linha de Cuidado ao Infarto Agudo Miocárdio (IAM). As duas têm como objetivo reduzir a morbimortalidade, assegurando o acesso a atenção e ao cuidado assistencial médico, além de garantia de continuidade da atenção integral iniciada no âmbito da atenção primária à saúde até a atenção secundária e terciária na Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE), incluindo as ações de reabilitação.

Coordenador da unidade de AVC do Hospital Getúlio Vargas, o Neurologista Irapuá Ferreira Ricarte, exlica os fatores que podem levar a um Acidente Vascular Cerebral.

“De forma geral os principais fatores de risco por AVC são hipertensão arterial, diabetes, colesterol aumentado, doenças cardíacas, cardiopatias, tabagismo, etilismo, sedentarismo, obesidade, tudo isso são fatores de riscos modificáveis. Também tem o fato de risco não modificáveis, quanto mais velha a pessoa maior a chance de ter AVC. Se a gente tratar os fatores de risco modificáveis a gente tem até a chance de prevenir de 80% a 90% os riscos”, afirma o médico.

Além de Teresina, no Hospital Getúlio Vargas (HGV), o serviço da linha de cuidado é disponibilizado nas cidades de Picos, Floriano, Piripiri, São Raimundo Nonato e Parnaíba. Cobrindo todas as regiões do estado. Irapuá explica como funciona a Linha de combate na prática.

“A linha de combate ao AVC se iniciou em setembro de 2022, ano passado completou o primeiro ano. Não é especificamente uma linha de prevenção ao AVC, é uma linha global que se inicia pelo tratamento da fase aguda. O AVC isquêmico possui uma medicação chamada trombolítico que quebra o coágulo e desobstrui a artéria do cérebro que é obstruída durante o AVC isquêmico. Essa medicação pode ser dada ao paciente até quatro horas e meia dos sintomas e ele aumenta a chance do fluxo sanguíneo ser restaurado. Essa medicação aumenta a chance do paciente sair sem sequelas do AVC”, afirmou.

Irapuá Ferreira RicarteCoordenador da unidade de AVC do Hospital Getúlio Vargas

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