DestaquePolicia

Policial Militar é denunciado por estelionato pelo Ministério Público do Piauí

O Ministério Público do Piauí (MP-PI) denunciou o policial militar Leonardo Geyson de Sousa Silva pelo crime de estelionato. A promotora Gianny Vieira de Carvalho afirma na denúncia haver materialidade delitiva e solicitou ainda o pagamento de indenização à vítima. Este caso é um dos vários em que o policial está sendo investigado, com relatos de que outros militares e familiares também teriam sido prejudicados.

De acordo com a denúncia, Leonardo teria induzido outro policial ao erro, oferecendo um esquema de investimentos em títulos na bolsa de valores e fundos imobiliários. Na época, ambos formalizaram uma declaração de prestação de serviço, documento que, segundo o MP, teria sido usado para reforçar a aparência de legalidade do esquema.

Transferências financeiras
A vítima realizou transferências bancárias nos meses de julho e agosto de 2024, nos valores de R$ 5 mil, R$ 1 mil e R$ 30 mil, além de entregar R$ 1 mil em espécie ao policial. Após registrar um boletim de ocorrência, a vítima conseguiu reaver apenas R$ 12 mil em valores de rentabilidade.

O Ministério Público pediu à Justiça do Piauí o recebimento da denúncia e a condenação do policial ao pagamento de uma indenização no valor de R$ 100 mil por danos materiais e morais. O denunciado tem o prazo de dez dias para apresentar sua defesa.

Prisão preventiva decretada
Leonardo Geyson foi preso em novembro de 2024 por não comparecer para prestar esclarecimentos em um procedimento administrativo disciplinar da corporação. Segundo o coronel Scheiwann Lopes, comandante-geral da Polícia Militar do Piauí, ele também responde por deserção ao abandonar a unidade militar sem autorização.

Atualmente, o policial está em prisão preventiva no presídio militar. De acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, há dois procedimentos administrativos em andamento para investigar as acusações.

Modus operandi do acusado
Segundo relatos das vítimas, Leonardo apresentava-se como um trader e enviava extratos com lucros fictícios. Ele realizava pagamentos iniciais para conquistar a confiança dos investidores, mas interrompia os repasses posteriormente. As promessas de altos rendimentos nunca foram concretizadas.

Em sua defesa, Leonardo afirmou que manteve contato com as vítimas e justificou os atrasos nos pagamentos como problemas com o banco responsável pelos investimentos. Ele alegou ter feito transferências para assegurar o cumprimento dos serviços prometidos.

O caso segue sob investigação, e as autoridades continuam apurando os fatos. O espaço permanece aberto para esclarecimentos da defesa.