Presidente do INSS denuncia descontos não autorizados em benefícios e defende papel da instituição como garantidora de direitos
O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou que os descontos associativos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas começaram a ser registrados no estado do Piauí ainda em 2019, mas ganharam volume expressivo entre 2023 e 2024. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Notícias do Dia, apresentado pela jornalista Cinthia Lages, na Rede Meio.
Segundo Waller, os casos envolvem cobranças indevidas por parte de associações que se vinculam aos beneficiários sem autorização formal, comprometendo a renda mensal de muitos aposentados. “Esses descontos começaram a ocorrer em grande volume em 2023 e 2024”, destacou.
Diante da repercussão negativa e da exposição do tema na mídia, o presidente fez questão de defender o papel institucional do INSS. “Mais de 20 mil servidores estão dia e noite trabalhando para poder assegurar um benefício previdenciário justo para o nosso segurado. O INSS não deveria estar em páginas policiais como estamos agora. O INSS tem que estar em páginas que ele garante direito”, disse.
Gilberto Waller também lembrou da importância social e econômica da autarquia federal, que atualmente mantém mais de 40 milhões de benefícios previdenciários ativos. Ele citou ainda a existência de uma longa fila de espera para concessão de novos benefícios e o impacto orçamentário do órgão, que administra cerca de R$ 1 trilhão por ano — valor que sustenta milhares de famílias e contribui diretamente para a economia de diversas cidades.
“O INSS tem que ser visto de uma outra maneira, como garantidor de direitos e não como fraudador. E essa imagem só vai mudar com o trabalho”, concluiu o presidente.