Servidores cobram no TCE mais de R$ 20 milhões em salários atrasados na gestão de Dr. Pessoa
Na manhã desta segunda-feira (06), representantes de servidores efetivos, terceirizados e com contratos precários se reuniram com o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), Kennedy Barros, em busca de soluções para o pagamento de mais de R$ 20 milhões em salários e benefícios atrasados desde novembro de 2024. O problema teve início na gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa e afeta diversas categorias de trabalhadores municipais.
Apesar do convite para participar do encontro, a nova administração da Prefeitura de Teresina solicitou um prazo maior para avaliar o cenário financeiro antes de apresentar uma posição oficial sobre a questão.
Histórico do Impasse
A crise foi agravada em dezembro de 2024, quando o TCE bloqueou as contas da Prefeitura de Teresina diante do risco de não pagamento dos salários. Após uma determinação judicial, as contas foram desbloqueadas, permitindo o pagamento parcial da folha, mas o problema persiste.
Impacto nos Trabalhadores
Sinésio Soares, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), destacou a gravidade da situação enfrentada pelos trabalhadores:
“Quanto aos terceirizados, precarizados também, todos os trabalhadores do serviço público municipal estão sendo prejudicados. Em relação aos profissionais de educação, a folha de pagamento foi feita, o contracheque também foi confeccionado e publicado, mas as férias não foram pagas. Os agentes de portaria não receberam as horas extras. Alguns receberam dezembro e não receberam o 13º, outros receberam o 13º e não receberam dezembro. Isso é injustificável. O presidente do Tribunal se propôs a mediar a situação em busca de uma solução”, afirmou.
Mediação e Caminhos para a Solução
Kennedy Barros, presidente do TCE, demonstrou empenho em resolver o problema através do diálogo com a equipe da atual gestão municipal, liderada por Silvio Mendes:
“À medida que o Tribunal faz os levantamentos e informa a gestão, esse acompanhamento real possibilita resolver o que já foi problema. Estamos discutindo algo que é de rotina: pagar salário. Pagar salário é como limpar a rua, uma obrigação rotineira. Quando surgem anomalias, agimos bloqueando recursos para atender esse fim. Cumprida essa obrigação, passamos a analisar o que ainda está pendente”, explicou.
A expectativa é que as tratativas avancem nas próximas semanas, permitindo aos trabalhadores receberem seus direitos e retomarem a estabilidade financeira.