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STJ solta suspeito de ser o mandante da morte de Pacovan

O ministro Rogério Schietti Cruz, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu uma liminar nesta quinta-feira (29) determinando a soltura de Francisco Heydyne do Nascimento Sampaio, conhecido como “Cearense”. Ele é acusado de orquestrar o assassinato do empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como “Pacovan”, ocorrido em 14 de maio deste ano na cidade de Zé Doca, no interior do Maranhão.

A defesa de Francisco Heydyne, liderada pela advogada criminalista Sâmara Braúna, obteve a soltura do acusado ao recorrer a uma extensão da decisão que já havia beneficiado Fernanda Costa de Moraes, ex-gerente do Posto Joyce e também acusada de envolvimento no crime. O ministro Schietti suspendeu o decreto de prisão temporária até o julgamento do habeas corpus, mas deixou aberta a possibilidade de novas medidas cautelares, incluindo prisão preventiva, caso surjam justificativas.

As prisões de Francisco Heydyne e Fernanda Costa ocorreram em julho deste ano, após investigações da Polícia Civil do Maranhão. Segundo a polícia, o casal teria tramado o assassinato de Pacovan após o empresário descobrir um desvio financeiro significativo em suas contas bancárias, supostamente cometido por Fernanda. O crime teria sido motivado pela pressão exercida por Pacovan para recuperar o dinheiro desviado.

Fernanda Costa era considerada uma pessoa de extrema confiança de Pacovan, com quem trabalhava há mais de 12 anos. Ela gerenciava grandes somas em dinheiro e realizava diversas transações financeiras em nome do empresário. Entretanto, a relação entre os dois começou a se deteriorar nos meses anteriores ao crime, após Pacovan desconfiar de irregularidades financeiras. Durante sua investigação, o empresário descobriu um desfalque, o que levou ao rompimento da parceria profissional. Fernanda prometeu devolver o dinheiro em parcelas, pagando com cheques. No dia em que foi assassinado, Pacovan estava a caminho de Zé Doca para cobrar uma dessas parcelas.

Francisco Heydyne, namorado de Fernanda e caminhoneiro de profissão, foi identificado pela investigação como cúmplice no crime. Ele foi preso junto com Fernanda em junho, em um hotel em São Luís. A decisão do ministro Schietti agora suspende a prisão temporária de Heydyne, enquanto o caso aguarda o julgamento do habeas corpus.

Fonte: O Informante