Suspeito preso com drogas em Parnaíba participou da morte do jornalista Léo Veras no Paraguai
Sanção de Souza, o homem de 38 anos que foi preso suspeito de tráfico de drogas na rodoviária de Parnaíba nesta terça-feira (23), não é um desconhecido para as autoridades. Ele esteve entre os 10 identificados e presos em uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Paraguai no dia 22 de fevereiro de 2020, por envolvimento na morte do jornalista brasileiro Léo Veras. O jornalista foi executado a tiros em sua casa, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã (MS).
De acordo com o coronel Erisvaldo Viana, comandante do Comando do Policiamento Litoral Meio Norte (CPLMN), Sanção de Souza já foi preso diversas vezes. O homem foi detido durante a Operação Veraneio transportando aproximadamente 26 kg de maconha.
“Nós achávamos que ele já estava com essa conexão entre Pedro Juan Caballero, São Paulo e Parnaíba. Agora, ele caiu com uma grande quantidade de droga e vai responder por tráfico. Sua prisão já foi homologada em audiência de custódia, agora é esperar que a justiça seja feita”, destacou o coronel.
O Comandante-Geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheiwann Lopes, ressaltou que a ação foi fruto de um trabalho de inteligência junto ao policiamento reforçado na região litorânea. “O reforço da polícia militar na região, com a inteligência e outras unidades especializadas, já está dando frutos e resultados no combate à criminalidade, como o tráfico de drogas, além de reforçar a prevenção do policiamento local para termos tranquilidade e manutenção da ordem pública”, completou o comandante.
O assassinato de Léo Veras
O jornalista brasileiro Léo Veras foi brutalmente assassinado a tiros em 12 de fevereiro de 2020, enquanto jantava com sua família em sua residência em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com Ponta Porã, Mato Grosso do Sul.
Jornalista Léo Veras foi assassinado em 12 de fevereiro de 2020
Veras era conhecido por seu trabalho investigativo, especialmente sobre o narcotráfico na região de fronteira, e havia recebido várias ameaças de morte devido às suas reportagens. Seu assassinato chocou a comunidade jornalística e levantou questões sobre a segurança dos jornalistas que cobrem temas sensíveis.