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Vereador Jacinto Costa é preso suspeito de estupro de vulnerável no Piauí

O vereador Jacinto Costa (MDB), do município de Bom Princípio do Piauí, foi preso nesta segunda-feira (19) sob suspeita de cometer o crime de estupro de vulnerável. O parlamentar é investigado por supostos abusos sexuais contra duas meninas, que seriam irmãs e menores de idade. A cidade onde os fatos teriam ocorrido fica a cerca de 307 km de Teresina.

A prisão foi efetuada pelo delegado Herbster Santos, da Delegacia Regional de Parnaíba. Segundo ele, Jacinto já havia sido investigado anteriormente pelo mesmo crime, mas o inquérito foi arquivado à época. No entanto, diante do surgimento de novos elementos, as investigações foram reabertas e a Justiça autorizou a prisão preventiva do vereador.

“Ele está sendo preso pelo crime de estupro de vulnerável, no qual são vítimas duas irmãs, muito embora, nos relatos delas, tenham negado ter sido vítimas. Tudo envolve uma questão também de violência psicológica, de pressão financeira, já em razão da sua grande influência na cidade”, explicou o delegado.

Herbster Santos destacou que o medo e a influência exercida pelo vereador dificultaram a apuração dos fatos. “Em razão dessas coisas, elas acabaram negando os fatos. Familiares também negam tudo, tanto por medo como pela influência que ele tem em Bom Princípio. Esse caso teve início em 2021 e culminou hoje com a sua captura e prisão”, completou.

Até o fechamento desta reportagem, a defesa do vereador Jacinto Costa não foi localizada pela equipe.

Acúmulo indevido de cargos

Além da acusação criminal, Jacinto Costa é alvo de investigação do Ministério Público do Piauí por suposto acúmulo ilegal de cargos públicos. Em abril deste ano, o MPPI instaurou um inquérito civil público para apurar denúncias de que o parlamentar exerceria, simultaneamente, até seis funções públicas, incluindo cargos de professor municipal e estadual, enfermeiro municipal, além de cargos comissionados na Secretaria de Justiça do Estado e na Diretoria de Saúde de Bom Princípio do Piauí — além do mandato de vereador.

Inicialmente, a Promotoria de Justiça de Buriti dos Lopes notificou a Prefeitura de Bom Princípio e o próprio vereador para prestarem esclarecimentos. No entanto, tanto o município quanto o parlamentar não apresentaram comprovação documental das alegações feitas em resposta.

Com isso, o procedimento foi convertido oficialmente em Inquérito Civil Público. Em 29 de abril, foram expedidas requisições para que órgãos como a Prefeitura Municipal, a Secretaria de Justiça e a Secretaria Estadual de Educação apresentem documentos que comprovem nomeações, frequência, vínculos funcionais e contracheques, além de possíveis processos de aposentadoria ou licenças para o exercício do cargo eletivo.

O caso segue sob investigação.