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Mãe que deu à luz no posto da PRF não sabia que estava grávida

A mãe que deu à luz em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Piauí havia descoberto a gravidez há poucos dias e acreditava que daria à luz em outubro ou novembro. Elane Bezerra, 31 anos, mora na zona Rural de Teresina, e com o parto inesperado precisa de ajuda com o enxoval. A bebê, que ainda não foi registrada e deve se chamar Ana Júlia, nasceu com 3.100 kg e 48 cm. As duas passam bem. 

“Não sabia que estava grávida. Descobriu com cinco ou seis meses e achava que teria em novembro. A irmã dela improvisou umas roupinhas pra neném, pois ela não tem nada. Desde quando descobriu a gravidez só fez uma consulta e ia fazer a ultrassom pra descobrir o sexo amanhã. Só soube que era menina quando a policial tirou”, disse a cunhada Maria do Amparo.

Ana é a segunda filha de Elaine que já tem uma menina de 9 anos. As duas estão na maternidade do Dirceu e devem ter alta nesta sexta-feira (19). 

Ao Cidadeverde.com,  a mãe relatou que saiu de casa ao sentir dores “no pé da barriga”. 

“Resolvi ir pra maternidade quando a dor apertou. Mandei meu marido ir chamar minhas irmãs e fomos no carro do meu pai. Minha irmã parou na PRF porque eu não aguentava mais de dor. Apertou mesmo”, disse a mãe que do enxoval tinha apenas fraldas descartáveis. Interessados em ajudar Ana podem ir diretamente na maternidade do Dirceu. 

“QUERIA AGRADECER”

Elane Bezerra disse que não sabe quem foi a policial que fez seu parto, mas diz que o sentimento é de gratidão. 

“Agradecer por ela ter me ajudado. Minha filha veio ao mundo com muita saúde. Se não fosse ela, não saberia nem mais o que fazer”, disse Bezerra. 

“FOI EMOCIONANTE”

Se para Elane Bezerra o sentimento é de gratidão, para Luana Bandeira, policial rodoviária federal que fez o parto, o sentimento é de emoção. Na corporação há quase duas décadas, ela disse que “deu um frio na barriga”, mas na hora só pensou em ajudá-la. 

“Foi uma situação completamente inusitada. Geralmente somos acionados na madrugada para atender acidente, ocorrência criminal. Dessa vez foi uma situação diferente e uma honra ter participado.Antes do parto observamos se, de fato, estava tendo contrações, perguntei se era o primeiro filho, se sabia o sexo, se sabia se estava encaixado. Fui tentando acalmá-la. Ela estava muito nervosa porque ela não queria ter o filho num banco de trás do carro. Mas eu a acalmei e disse que o Samu estava chegando. Aguardei a criança sair e foi uma emoção. Esperei a criança chorar, verifiquei os primeiros sinais, coloquei  a criança sobre a mãe, estimulei a succção no peito até a chegada do Samu”, disse a PRF. 

Luana Bandeira- que é mãe de dois filhos- conta que o fato de ser mulher acalmou Elane. O parto de Ana foi o segundo realizado pela PRF que é biológa por formação. 

“Minha formação não é na área de Saúde, mas a PRF nos dá treinamento no curso de formação e passamos também por cursos de atualização. Sei que qualquer colega PRF também estaria preparado. Mas o fato de eu ser mulher, a acalmou. Disse pra ela que também tenho dois filhos e acho que isso teve um valor diferente pra aquela situação. Eu senti que ela se sentiu mais a vontade”, concluiu Bandeira que diz que pretende visitar a pequena Ana Júlia. 

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