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Prefeitura do Piauí cancela gasto milionário com hospedagem na própria cidade

 

 

Prefeito de São João do Piauí, Ednei Modesto Amorim

 

município de São João do Piauí acatou recomendação do Ministério Público do Piauí e rescindiu os contratos originados do Pregão Eletrônico nº 15/2023, o qual resultou na contratação de empresas para prestação de serviços de hospedagem. A recomendação foi assinada pelo promotor de Justiça Jorge Pessoa, que é titular da 2ª PJ de São João do Piauí.

De acordo com a denúncia foram contratadas 4.959 hospedagens dentro do próprio município, no período de um ano, para atender a necessidades não especificadas da prefeitura e secretarias. Levando em consideração as hospedagem em um quarto de casal, o número de diárias daria para abrigar quase metade da cidade de 20 mil habitantes.

Os cancelamentos dos contratos foram publicados na edição do Diário Oficial dos Municípios de sexta-feira, 02 de fevereiro. Na recomendação, o promotor Jorge Pessoa explicou que foram contratadas 4.959 hospedagens dentro do próprio município, no período de um ano, para atender a necessidades não especificadas da prefeitura e secretarias. O membro do MPPI afirmou que a contratação representava um prejuízo ao erário.

Com o cumprimento da recomendação, o Ministério Público aponta que foi evitado um gasto de R$ 1.036.996,53 milhão.

O Sistema O Dia de comunicação entrou em contato com a Prefeitura de São João do Piauí e buscou esclarecimentos do prefeito Ednei Amorim, porém não obteve qualquer resposta.

MPPI, Ministério Público do Piauí - (Assis Fernandes/ODIA)

 

Histórico de casos no Brasil

No cenário brasileiro, a contratação de hospedagens em hotéis por órgãos públicos e empresas estatais se configura como um terreno fértil para práticas corruptas. Diversos casos, alguns já em fase de investigação e outros são investigados no país. Veja alguns dos principais casos.

Operação Lava Jato: Entre os diversos crimes desvendados pela operação, figuram casos de empresas hoteleiras que pagavam propina a políticos em troca de contratos superfaturados com a Petrobras.

Operação Passe Livre: A investigação revelou um esquema de corrupção na Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, que envolvia a contratação de hotéis para abrigar funcionários em viagens a serviço.

Operação Zelotes: A operação identificou um esquema de pagamento de propina a agentes públicos para que empresas obtivessem benefícios fiscais, incluindo a redução de impostos sobre serviços de hospedagem.

(Fonte:portalodia.com)

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