Hemopi conclui a descentralização e todas as macrorregiões passam a produzir plaquetas
Cumprindo o calendário iniciado em 06 de julho, quando o Hemocentro Regional de Floriano passou a produzir plaquetas, o Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemopi) encerrou o ciclo de implantação e qualificação do serviço em todas as macrorregiões. Agora, os Hemocentros Regionais de Picos e Parnaíba também estão aptos a produzir o hemocomponente.
O diretor geral do Hemopi, Rafael Alencar, explica que a descentralização da produção de plaquetas vai reduzir o tempo de espera dos pacientes por esse hemocomponente, que até então só era produzido no Hemocentro Coordenador de Teresina. “Concluímos a implantação do serviço em todas as unidades regionais, que agora têm o mesmo parque tecnológico do Hemocentro Coordenador. A descentralização vai facilitar a logística de distribuição, reduzindo o tempo de resposta às unidades de saúde abastecidas pelo Hemopi, levando mais agilidade, segurança e qualidade ao atendimento dos pacientes”, conclui o diretor.
Através de um esforço mútuo, com a aquisição de equipamentos para a separação automática de hemocomponentes pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e o treinamento das equipes das unidades regionais pela equipe do Hemocentro Coordenador, foi possível concluir todo o processo em 30 dias.
Para a coordenadora do Hemocentro Regional de Picos, Ana Paula Batista, a descentralização dos serviços do Hemopi é uma estratégia fundamental para melhorar a eficiência, a acessibilidade e a qualidade do atendimento à população. Permite, também, um atendimento mais rápido, reduzindo o tempo de espera dos pacientes, aumentando as chances de recuperação e otimizando os recursos logísticos. Isso fortalece a rede de saúde local, garantindo autonomia das unidades regionais, mantendo uma integração eficiente com o centro coordenador em Teresina.
A primeira transfusão de plaquetas após a produção ser regionalizada em Picos foi realizada na UPA 24 Horas. “A produção local fez toda a diferença nesse caso, onde cada minuto conta. Esse novo serviço garante uniformidade e a continuidade do atendimento em todo o estado do Piauí”, afirma Ana Paula Batista
Rafaela Oliveira, coordenadora do Hemocentro Regional de Parnaíba, ressalta que a equipe vem se preparando ao longo dos últimos meses para prestar a melhor assistência tanto para doadores quanto para pacientes receptores.
“A descentralização dos serviços que vem acontecendo em toda a Hemorrede do Piauí demonstra confiança na qualidade dos processos e na responsabilidade das habilidades dos profissionais envolvidos. É um ganho muito grande para a população assistida pelos Hemocentros Regionais. Poder proporcionar uma maior agilidade no atendimento das demandas de plaquetas, garantindo assim uma velocidade de retorno, uma estabilidade melhor desse hemocomponente”, afirma a coordenadora de Parnaíba.
As plaquetas são um dos componentes do sangue que atuam na coagulação. O seu uso é indicado para o controle de sangramentos, que podem acontecer devido a traumas, cirurgias, doenças crônicas como o câncer, doenças infecciosas agudas como a dengue, etc.
Além da descentralização, outros investimentos estão sendo feitos na melhoria dos quatro hemocentros, como aquisição de novas poltronas para coleta de sangue, homogeneizadores digitais de sangue, centrífugas refrigeradas de solo, equipamentos da cadeia de frio como câmaras, freezeres, freezer de congelamento rápido de plasma, etc. Já está em fase de implantação o novo sistema de gerenciamento de bancos de sangue, um software que vai integrar os hemocentros de todos os Estados ao Ministério da Saúde.
“O novo sistema vai facilitar, entre outros serviços, o acesso dos doadores de sangue, por meio do app Meu SUS Digital, a informes sobre campanhas de doação de sangue, carteira do doador e consultas da data para a próxima doação”, disse o superintendente de média e alta complexidade da Sesapi, Dirceu Campelo.