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Corso movimenta a economia e o turismo de Teresina

Desfile de carros alegóricos não era realizado na capital piauiense desde 2020. O folião teresinense estava há dois anos sem sentir o gosto do maior desfile de carros alegóricos do mundo: o Corso de Teresina, que em 2012 foi honrado por esse título pelo Guinness Book, quando 343 carros foram contados em desfile pela avenida da folia.

A capital piauiense sempre se destacou pelo seu carnaval de rua, desde escolas de samba, blocos carnavalescos e bailes em clubes, que movimentam a cidade no período de Momo. Em 2023, a prefeitura está investindo na recuperação da alegria de rua ao anunciar a volta do Corso e do carnaval nos bairros.

“Além de toda essa movimentação esperada, Teresina também receberá turistas do interior e de outros estados, que aproveitam esse período para viver a cidade”, disse o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Iran Felinto.

O secretário acrescentou que a última pesquisa realizada pela SEMDEC durante o Corso, em 2020, apontou que 36,2% dos turistas são provenientes do interior do Piauí e 63,8% de outros estados brasileiros. “Para se ter uma ideia, em 2015 a permanência média do turista era de 1,5 dia por pessoa; em 2020, esse índice cresceu para 5,4 dias por pessoa”, afirmou.

A atividade econômica de Teresina se beneficia em ambas as situações: por um lado, o próprio teresinense faz circular a moeda, quando consome os serviços ao redor do Corso; do outro lado, os turistas injetam moeda nova na economia local, beneficiando hotéis, restaurantes, transportes locais, comércio, atividades informais e outros.

É possível observar que a quantidade de turistas na avenida, na tarde em que o Corso acontece, tem crescido a cada ano, interrompendo-se apenas quando a pandemia da Covid-19 barrou a atividade turística. Segundo o levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMDEC), em 2018, os turistas representavam 6% do fluxo de foliões; em 2019, elevou-se para 9,3%; e em 2020 para 15,1%. Em 2012, quando o Corso entrou para o Guinness Book, foram registrados 40 mil foliões na avenida. Oito anos depois, em 2020, esse número elevou-se para 140.000, com um crescimento de 250%.

Uma boa notícia para a capital piauiense é que a arrecadação em função do Corso tem crescido ao longo dos anos, com uma média de R$134,00 por pessoa em 2020, gerando uma receita de R$18,8 milhões, dos quais 28% foram gerados pelos turistas. O setor hoteleiro, por sua vez, é um dos segmentos que mais se beneficiam do Corso. Em 2019, 21,2% dos turistas na avenida declararam que se hospedaram em hotéis, enquanto em 2020 esse índice saltou para 46,9%.

Para receber o Corso 2023, a SEMDEC estima uma boa movimentação na avenida Raul Lopes, trazendo uma série de benefícios para a cidade, desde o aumento no fluxo de turistas de outros estados brasileiros, aumento do fluxo de turistas que se hospedam em hotéis e a elevação da permanência média do turista na capital.

A Secretaria também estima que o público predominante do evento será da faixa etária entre 18 e os 25 anos e que, desse modo, os foliões deverão avaliar o Corso 2023 como muito melhor do que o de 2020, segundo a tendência das pesquisas. Portanto, a SEMDEC calcula que o percentual dos foliões que pretendem retornar ao Corso em 2024 deve aumentar, assim como a organização geral, realizada pela Fundação Monsenhor Chaves, deverá continuar sendo um item muito bem avaliado.

Corso 2023

A edição de 2023 do tradicional Corso do Zé Pereira, ainda vai contar com mais de R$ 75 mil reais em premiação, sendo R$ 20.000,00 para o caminhão mais animado; R$ 20.000,00 para o caminhão mais criativo; R$ 20.000,00 para o caminhão com a melhor produção (decoração e fantasia).

Além da premiação para os caminhões, este ano o Corso contará com três palcos com atrações musicais surpresas e ainda diversos concursos, onde serão distribuídos R$ 15 mil reais em prêmios.

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