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Estudo aponta que variante Gamma do coronavírus é dominante no Piauí

Estudos divulgados nesta terça-feira (20) pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN-PI), apontam a predominância no Piauí da variante do coronavírus Gamma [P1 Amazônica].

A pesquisa se refere a resultado do sequenciamento genético de amostras enviadas ao Laboratório Central da Bahia (LACEN-Bahia) por meio do projeto do Ministério da Saúde que investiga mutações e diferentes linhagens do SARS-CoV-2 em circulação no Brasil.

A diretora do Lacen-Piauí, Walterlene Carvalho, explica que não foram identificadas nas análises enviadas as variantes Alfa (Reino Unido – B.1.1.17), Beta (África do Sul – B.1.351) e Delta (Índia – B.1.617.2).

Os resultados mostram que do início da pandemia em março de 2020 a outubro de 2020 prevaleceram no Piauí as linhagens B.1.1.28 e B.1.1.33, que são comuns em todo Brasil.

“Essa condição foi mudando a partir de novembro de 2020 com introdução de linhagens como a B.1.212 (1 registro em São João do Piauí), N9 identificada em um paciente vindo de Brasília-DF (1) e pacientes de Teresina (3), União (1) e São João da Canabrava (1), P1 (variante Gamma) presente em vários municípios e a variante de interesse Zeta (P2) encontrada em Teresina (1) e Beneditinos (1). Neste sequenciamento nos obtivemos o mesmo resultado do último sequenciamento”, diz nota do LACEN.

Segundo diretora do Lacen, Walterlene Carvalho, o sequenciamento mostra ainda que houve uma substituição de linhagens com predomínio total da variante Gamma (P1) que de março a maio de 2021 prevaleceu como a única linhagem detectada no Piauí até o momento.

Mesmo com a não detecção de variantes  com maior potencial de transmissão, como a Delta, a diretora do LACEN alerta que é preciso que os protocolos de segurança continuem sendo cumpridos e que o momento da pandemia ainda exige cautela.

“Ao menos 97 casos de infecção pela variante Delta, cepa mais transmissível do coronavírus, foram notificados no país, dos quais cinco resultaram em mortes. Os dados foram informados pelo Ministério da Saúde ontem. Os registros foram feitos em sete estados, mas os óbitos foram no Paraná e no Maranhão. O Rio de Janeiro é o Estado com mais casos, 74. Na capital fluminense, o número saltou de sete, na sexta-feira (16), para 23 no sábado (17). O ministério informou ainda que há registros de um contaminado em Minas, dois em Goiás, três em São Paulo e dois em Pernambuco. O sequenciamento não é exame de diagnóstico. O protocolo deve continuar sendo cumprido. A necessidade de adoções da vacinação, o uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomerações devem continuar sendo seguindo de forma rigorosa principalmente neste período de férias onde as pessoas transitam em estados vizinhos. Porém é necessário sabermos quais as cepas circulam em nosso estado, para entender a situação da pandemia”, explica a  diretora.

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