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Gestores da Investe Piauí conhecem empresa especializada em extração de calcário marinho na Bahia

O presidente da Investe Piauí, Victor Hugo Almeida, e a presidente do Porto Piauí, Maria Cristina de Araújo, realizaram, na semana passada, visita técnica à reserva de calcário marinho (Lithothamnium), em Salvador (BA), com o objetivo de acompanhar o processo de extração do produto realizada pela empresa Primasea e identificar as principais demandas para viabilizar a operação no Piauí, que também tem esse tipo de calcário no litoral.

De acordo com Victor Hugo, a região visitada abriga jazidas de Lithothamnium em fase de pesquisa, sendo um local estratégico para a exploração do recurso natural.  Essa é uma alga marinha calcária conhecida há mais de 200 anos e tem sido explorada nos últimos 30 anos por países da Europa e Ásia. Suas propriedades nutricionais e minerais o tornam um produto nobre, capaz de aumentar a produtividade agrícola em até 50%.

“A jazida de concessão da Oceana Brasil, localizada na Plataforma Continental do Maranhão, é um exemplo de extração sustentável dessa alga. Com uma área de 11 mil metros quadrados, a capacidade de produção anual de Lithothamnium é de 150 mil toneladas, podendo ser expandida conforme a demanda do mercado. A empresa utiliza tecnologia avançada e práticas ecologicamente corretas, preservando as características únicas da jazida”, explica Victor Hugo.

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A iniciativa, segundo ele, contribui para o desenvolvimento econômico e sustentável da região, promovendo a utilização responsável dos recursos naturais e fortalecendo o setor do agronegócio. A parceria entre Investe Piauí e Porto Piauí visa impulsionar essa atividade e explorar todo o potencial do calcário marinho no litoral do estado.

Segundo Maria Cristina, na visita foi possível conhecer toda a operação desde a extração até o processamento, trazendo clareza das demandas necessárias para o negócio. “O calcário marinho é utilizado em diversas áreas, das quais o agro como fertilizante e suplemento de alimento e farmacêutico”, disse a gestora.

Segundo a presidente, no Brasil, atualmente só duas empresas realizam a extração desse tipo de calcário. “A exploração deve ser precedida de verificação do substrato marinho. Durante o processo, a embarcação realiza ancora sobre a lavra e realiza a drenagem da água na própria embarcação. Em terra, a operação de descarga é realizada diretamente nos caminhões, que transportam direto para a fábrica de processamento”, explica Maria Cristina.

Ela informa que a operação pode ser aplicada no estado e para isso será elaborada e publicada uma chamada pública para empresas que pretendem operar no Porto Piauí.

De acordo com o representante da Primasea, Paulo Gouveia, a tecnologia usada para o processo de exploração foi toda desenvolvida dentro da água, sendo 100% licenciada pelo Ibama ao longo de diversos anos de estudo e não tem qualquer ameaça à fauna marinha.

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