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Piauí bate recorde de mortes violentas em 2021 com dois assassinatos por dia

O ano de 2021 bateu recorde no número de mortes violentas intencionais, as chamadas MVIs. Foram 785 assassinatos registrados, o equivalente a dois por dia. É o maior crescimento desde 2014, quando teve início a série histórica. Os dados foram divulgados nessa quinta-feira (20) pela Secretaria Estadual de Segurança do Piauí (SSP-PI). 

Segundo o levantamento, as mortes violentas intencionais tiveram um aumento de 10,72% em relação a 2020. 

Os homicídios responderam por 94,27% do total, com 740 assassinatos. Em seguida estão os latrocínios com 37 registros (4,71%), acompanhado de lesão corporal seguida de morte (0,51%) e maus-tratos com morte (0,38%). O estado registrou ainda um caso de infanticídio no ano passado.

Ainda de acordo com o levantamento, os homicídios cresceram 12,12% em relação ao ano passado. Já a taxa de latrocínio caiu 10,81% em 2021.

“Essa é a realidade social que vivemos no Piauí. Muito por conta da disputa pelo tráfico de entorpecentes”, destacou o secretário de Segurança, Rubens Pereira.  

Perfil das vítimas 

O levantamento realizado pela inteligência da Polícia Civil do Piauí traçou o perfil daqueles que foram mortos no ano passado. Os dados analisados mostram que das 785 mortes em 2021, 706 eram do sexo masculino e 78 do sexo feminino. Um dos óbitos ainda não teve o sexo identificado devido ao estado de putrefação que o corpo estava. 

Apesar da maioria dos mortos ter sido homens, o maior crescimento percentual registrado de mortes violentas foi entre as mulheres, saltando de 62 em 2020 para 78 em 2021, um aumento de 25,81%.

“É importante frisar que a maioria dessas mortes violentas aconteceram entre reincidentes. Esses que morreram e mataram têm passagens pela polícia, respondem na Justiça por algum crime. A maioria tem uma vida criminal”, destacou o comandante da Polícia Militar do Piauí, Lindomar Castilho. 

Outro dado apresentado pela equipe diz respeito a cor da pele das vítimas. 79% era parda, 12% branca e 9% preta. Além disso, quase 50% dos mortos tinham entre 15 e 29 anos.

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