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Tenente da PM acusado de matar ex-mulher no Mocambinho é condenado a 29 anos de prisão

O tenente aposentado da Polícia Militar do Piauí (PM-PI), Pedro José de Oliveira, foi condenado a 29 anos e 4 meses de prisão por matar a tiros sua ex-mulher, Marilena Pereira da Rocha Oliveira, de 59 anos. O crime aconteceu no dia 26 de janeiro de 2022, na Avenida Prefeito Freitas Neto, bairro Mocambinho, na zona norte de Teresina. 

Pedro José foi julgado por meio do Júri Popular na quarta-feira (13). Após duas horas de julgamento, foi reconhecida a autoria do crime cometido pelo ex-tenente. O réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado (por motivo fútil, uso de recurso que dificulta a defesa da vítima e feminicídio). 

Foi levado em consideração ainda o descumprimento de medida protetiva que já havia sido solicitada em caráter de urgência pela vítima que, à época, sofria agressões por parte do ex-marido. Por conta disso, Pedro José foi condenado a mais 3 meses e 15 dias de prisão, além de pagamento de indenização. 

Relembre o caso

Marilena Pereira da Rocha Oliveira estava andando de bicicleta na Avenida Pedro Freitas Neto quando o ex-marido, que estava em um carro, começou a segui-la. Ao se aproximar, Pedro José disparou três vezes contra Marilene, que caiu no chão.Testemunhas que estavam no local informaram que os tiros atingiram a região dos braços, costas e outro passou de raspão na região da cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encaminhou a vítima para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT). 

O acusado fugiu do local do crime, mas foi preso momentos depois por uma guarnição da Polícia Militar e encaminhado para a Central de Fragrantes de Teresina. A vítima chegou a ser submetida a procedimentos cirúrgicos. Contudo, ela não resistiu às complicações e faleceu cinco dias depois

Vítima foi socorrida por testemunhas que acionaram o SAMU - (Reprodução)

Marilena Pereira da Rocha já tinha uma série de medidas protetivas impedindo Pedro José de Oliveira de se aproximar dela. As medidas foram expedidas pela justiça após o policial militar ter sido denunciado pela vítima por lesão corporal e agressões sexuais e psicológicas praticadas durante os anos em que ficaram casados. Eles haviam se separado há mais de 20 anos, mas a vítima continuava recebendo ameaças por parte do policial.

Segundo Yaskalla Maria Rocha, filha mais velha da vítima, Marilene já havia sofrido uma tentativa de homicídio anteriormente e só conseguiu se salvar dos tiros porque correu para a casa de uma vizinha. Desde então, o PM vinha acompanhando a rotina da ex-mulher, inclusive rondando a casa em que ela vivia com os filhos.

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