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Delegado cita pontos conflitantes sobre suposto sequestro de bebê no Centro de Teresina

O delegado geral da Polícia Civil, Luccy Keiko designou o delegado Matheus Zanatta, Gerente de Polícia Especializada da Polícia Civil, para investigar o desaparecimento do do bebê Wesley Carvalho, vítima de um suposto sequestro no Centro de Teresina. Nesta quinta-feira (17), Keiko citou pontos conflitantes em relação ao depoimento dos familiares acerca do desaparecimento da criança.

“Nós tomamos conhecimento desse fato ontem, e causou estranheza por ter acontecido supostamente em dezembro e só agora em fevereiro, ser registrado, um caso que aparentemente está faltando informações, então designamos o delegado Matheus Zanatta, para acompanhar na DPCA, a investigação, qualquer pessoa percebe que tem pontos que precisam ser esclarecidos”, afirmou Luccy Keiko.

 

De acordo com o delegado geral, todos os familiares e vizinhos vão ser ouvidos, e devem relatar à polícia como a criança vivia. “Primeiro nós vamos comprovar se esse fato realmente existiu, vamos ao local, atrás de imagens e testemunhas, além disso vamos averiguar como essa criança vivia nessa residência, ouvir todos os familiares, vizinhos, afim de chegar ao destino dessa criança”, afirmou.

O suposto sequestro teria ocorrido no dia 29 de dezembro do ano passado, e apenas 42 dias depois foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), quando a família materna soube que Wesley havia desaparecido.

 

À polícia, a mãe do bebê revelou que estava na Praça da Bandeira, centro de Teresina, por volta das 6h do dia 29 de dezembro, esperando o ônibus para retornar a sua residência, junto com o seu marido, quando dois homens armados teriam aparecido e ameaçado a família para entregar o bebê.

“Ela estava em casa, e passou alguns dias sem dá noticia, nós fomos lá para saber como eles estavam, quando chegamos lá, ela deu essa notícia, que tinha ido com o marido dela fazer compras, aí quando chegaram dois homens pedindo a criança, aí eles entregaram a criança. Eles ficaram sem reação”, afirmou Raimundo Wellington.

A família questionou a demora dos pais em registrar ocorrência, ou até comunicar a algum familiar o sequestro do bebê, mas o pais alegaram que estavam abalados. 

“Nós rapidamente fomos com o casal na delegacia, e registramos o boletim de ocorrência, no dia 9 de fevereiro”, disse.

Pontos conflitantes

Alguns pontos da versão da mãe para o sumiço do bebê levantaram suspeitas da polícia, segundo apurou o A10+ além da demora em notificar o crime, os pais do bebê esconderam da família materna o suposto sequestro, enquanto a família paterna já teria conhecimento do desaparecimento, e também não notificou a polícia.

Além disso o casal, que antes morava no povoado Santa Tereza, se mudou do local sem avisar a família. “Nós fomos lá na casa e descobrimos que eles não moravam mais lá, que agora estariam morando em outro bairro. Chegando lá pedimos para ver o bebê, mas a mãe disse que ele estava dormindo com o pai, nós insistimos, e assim ela contou a história do sequestro”, disse um familiar que pediu para não ser identificado.

 

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