Esporte

Jorge Jesus negocia com Atlético-MG, e Brasil pode ter seus três times mais poderosos treinados por portugueses

Jorge Jesus Benfica x Dínamo de Kiev — Foto: EFE

Nem Rodrigo Caetano, nem o presidente Sérgio Coelho, nem os investidores Ricardo Guimarães e Rubens Menin, que está nos Estados Unidos, esperavam pela saída de Cuca do Atlético-MG.

A surpresa produziu trabalho desde a noite de segunda-feira. Rodrigo Caetano invadiu a madrugada telefonando em busca de soluções. Nas primeiras horas da manhã, já era sabido que o Flamengo não roeria a corda com Paulo Sousa e que o destino de Jesus poderia ser o Atlético. Mas seus principais conselheiros dizem que não deve aceitar nenhum outro clubes brasileiro, a não ser o Rubro-Negro.

Apesar das opiniões dos apóstolos, Jesus negocia com o Galo. Até as 15 horas de terça-feira, o telefone de Jorge Jesus não havia tocado, mas agentes ligados ao treinador confirmam que haverá negociação. Não há definição. Jorge Jesus estava confuso no final de semana, com o desfecho desfavorável para seu desejo de retornar ao Rio de Janeiro. Segue indeciso sobre voltar ao Brasil ou não. Certamente vai tentar entender o ambiente do vestiário atleticano antes de avançar no negócio.

Enquanto isso, o vestiário rubro-negro gostaria de ter Jesus de volta. Há opiniões de que o elenco dividiu-se nos períodos de Renato Gaúcho e Rogério Ceni e só o retorno do líder de 2019 serviria para unir a todos como há três anos. Paulo Sousa começará seu trabalho com crédito da diretoria e pressão da imprensa e arquibancadas. Não é justo que sofra com isto. Se é o escolhido, precisa ter paz para trabalhar e montar a equipe ao seu estilo.

Dos Estados Unidos, Rubens Menin já afirmou publicamente que o elenco atleticano exige um treinador de primeiro escalão. Não há prazo para definir a contratação, mas a pressa para ter o novo chefe na reapresentação dos jogadores liga diretamente a dois nomes: Jorge Jesus e Renato Gaúcho. O segundo saiu chamuscado da passagem pela Gávea, mas negociou com o Atlético há um ano. Jorge Jesus, também.

Lembre-se de que a primeira vez em que foi visto num estádio brasileiro foi em Atlético 2 a 1 Flamengo, pelo primeiro turno do Brasileirão 2019. Neste momento, o Atlético pensa nele e negociará para tê-lo na Cidade do Galo. Só o temor de ferir a torcida rubro-negra pode provocar a negativa. Jesus passa a ter pouco mercado nos grandes de Portugal. O presidente do Porto, Pinto da Costa, sempre gostou da ideia de tê-lo no estádio do Dragão, mas isto só acontecerá se Jesus esperar o fim da temporada.

Do Benfica, acabou de sair e deixou o Sporting depois da invasão de torcedores ao Centro de Treinamento do Alcochete, em 2017. O Brasil é seu maior mercado, no momento. Diga-se, o Brasil é o grande mercado para os portugueses. O Flamengo será dirigido por Paulo Sousa, o Palmeiras por Abel Ferreira e o Atlético pode ser de Jorge Jesus. Quem diria que o país de técnicos campeões em Portugal, como Oto Glória, Carlos Alberto Silva, Yustrich, Otto Pedro Bumbel e Marinho Peres, agora importa conhecimento de Lisboa, da Amadora, do Vizeu e Penafiel.

 

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